O Partido Liberal (PL), sigla que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro e a patota de extremista que engrossam o coro do movimento ultrarreacionário no Congresso Nacional, já teria um plano para ir ao “ou vai, ou racha” com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, responsável pelos inquéritos que investigam parlamentares da legenda e que não tem dado sossego para os golpistas da agremiação política.
De acordo com a colunista Bela Megale, do diário carioca O Globo, o partido já trabalha para fazer mais 27 senadores nas eleições de 2026, que somados aos atuais 14 dão 41, para que, com maioria simples, não dependam de ninguém para mover um processo de impeachment contra Moraes, e assim remover o ministro da mais alta corte do Judiciário nacional.
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A jornalista diz que entre os integrantes do PL, a ideia de um ‘armísticio’ (espécie de trégua) está fora de cogitação e que, portanto, a solução seria o seu impedimento e remoção por meio de uma decisão do Senado da República. No entanto, embora a situação já seja complicada só pela façanha de eleger mais 27 senadores, o problema é maior ainda. Para conseguir a retirada de um integrante do Supremo, a votação no Senado precisa ter maioria absoluta na Casa, ou seja, 54 votos (dois terços) dos 81 parlamentares.
Para sustentar sua versão de perseguição, a direção do PL, especialmente na figura do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, insiste no fato de os deputados Carlos Jordy e Alexandre Ramagem serem pré-candidatos às prefeituras de Niterói e do Rio de Janeiro, respectivamente, este ano. A narrativa ignora as condutas supostamente criminosas atribuídas aos dois e bate na tecla de que a intenção de Moraes é “minar” candidatos bolsonaristas expressivos.