Os militares brasileiros estão sob pressão após serem acusados de colaborar com os garimpeiros e sabotarem a ação do governo federal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
De acordo com a coluna de Monica Bérgamo, na Folha de São Paulo, os militares tem atrapalhado as ações da Funai e do ministério dos Povos Indígenas, além de ter permitir a ação de garimpeiros nas proximidades de seus postos.
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Em dezembro do ano passado, a presidenta da Funai afirmou ao Brasil De Fato que o combate aos criminosos na região é impossível sem apoio das FFAA.
"Sem este esforço [do Ministério da Defesa], tanto para entrega de cestas aos Yanomami mais vulneráveis, quanto para efetiva desintrusão do território, a tendência é que área de vulnerabilidade se espraie impedindo também a entrega de cestas [de alimentos] (...)", afirmou.
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Em março de 2023, o ministério da Defesa se recusou a atender um pedido da Funai que exigia o conserto de pistas de pouso para socorrer os povos yanomami.
De acordo com membros do governo, ministros tiveram pedidos para viajar para região com aviões das Forças Armadas negados pelos militares.
Enquanto isso, o aumento de garimpo na região e da violência contra os indígenas tem se tornado insustentável, pressionando o governo Lula a tomar medidas contra os garimpeiros.
O Exército nega as acusações e afirma que tem operado em conformidade com suas obrigações, combatendo o crime na região yanomami.
"Os militares detiveram 165 suspeitos, entregues aos órgãos de segurança pública. Para as ações foram empregados, aproximadamente, 1.400 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica", cita a nota do Exército.