O ex-deputado federal e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores Jose Genoino emitiu uma nota repudiando os ataques da Confederação Israelita do Brasil (Conib) que o acusam de antissemitismo.
A organização tem sido a responsável por ataques contra o presidente Lula, contra a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e é acusada de assediar juridicamente o jornalista judeu Breno Altman, que defende o fim do genocídio contra o povo palestino.
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A Conib acusou Genoino de antissemitismo por uma fala em que o político afirmou ser "interessante" a proposta de b boicote à Magazine Luiza, após Luiza Trajano criticar o governo por apoiar a causa da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), que acusa Israel de genocídio.
A ideia é similar à do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções, que promove o boicote econômico a empresas israelenses ou que apoiam o estado de Israel.
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"Apresento meu repúdio à nota da Conib (Confederação Israelita do Brasil) e afirmo que não sou e nunca fui antissemita. Repudio, também, qualquer tipo de preconceito contra o povo judeu e defendo a existência de dois Estados. Temos a obrigação de denunciar o genocídio do governo de Israel contra o povo palestino. Tenho defendido, incansavelmente, o cessar-fogo, a paz entre os povos e a solidariedade ao povo palestino", afirma Genoino em nota.
Ataque da Conib
Genoino afirmou que a ideia do boicote com causas políticas é "interessante". “Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que fere o interesse econômico, é uma forma interessante. Inclusive ter esse boicote a determinadas empresas de judeus”, destacou Genoino.
“Há, por exemplo, boicote a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar com o Estado de Israel”, completou o político.
A Conib afirmou que a fala de Genoino é antissemita e comparou o político petista ao nazismo. “O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, diz a nota.
Israel matou 25 mil pessoas desde o dia 7 de outubro e o número de crianças mortas supera os 10 mil. Os moradores de Gaza têm sofrido com falta de água potável, infecções por hepatite A, falta de água e comida, além de bombardeios em massa. Foi registrada a migração forçada de mais de um milhão de pessoas, todas da mesma etnia: palestinos.