CERCO SE FECHA

Após Carlos Jordy, outro bolsonarista entra no radar de Alexandre de Moraes

Próximo investigado é símbolo do bolsonarismo na Câmara e deve ter suspensão de seu mandato, afirma colunista

Segundo colunista, Alexandre de Moraes já tem um novo alvo entre os bolsonaristas.Créditos: Divulgação/TSE
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Uma bolsonarista entra na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), após a prisão de Daniel Silveira e o mandado de busca e apreensão no escritório de Carlos Jordy na semana passada. Desde a tentativas de golpe do 8 de janeiroAlexandre de Moraes vem autorizando fases da Operação Lesa Pátria, que busca identificar os mentores intelectuais, financiadores e incitadores dos atos antidemocráticos entre outubro de 2022 e o início de 2023.

De acordo com o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no O Globo, o próximo alvo “será outro símbolo do bolsonarismo raiz na Câmara: Carla Zambelli (PL-SP)”, informa. A eventual suspensão de seu mandato como deputada é uma das possibilidades levadas em consideração.

Jordy investigado por atos golpistas

O deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ), um dos alvos da 24ª etapa da Operação Lesa Pátria, no auge do golpismo instalado no governo anterior, agitava extremistas e permitia que um de seus principais assessores fosse à sede do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), dirigido à época pelo general Augusto Heleno e localizado dentro do Palácio do Planalto

O órgão foi peça central na gestação e operação da tentativa frustrada de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. Frequentador do acampamento instalado na frente do Quartel-General do Exército, em Brasília, Tacimar Hoendel, secretário parlamentar de Jordy e seu principal assessor, teve sua presença confirmada no ajuntamento da extrema direita que congregava criminosos de todo o país para tentar impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Além disso, Jordy foi um dos participantes de uma “sessão” golpista convocada para ser realizada dentro do Senado Federal, em 30 de novembro de 2022, na qual inúmeros parlamentares bradaram por várias horas as maluquices criminosas do bolsonarismo. Os crimes inscritos no Código Penal que envolvem o cumprimento do mandado de busca e apreensão são abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L), golpe de Estado (art. 359-M), associação criminosa (art. 288) e incitação ao crime (art. 286).