Em viagem ao Nordeste nesta quinta-feira (18), o presidente Lula participa em Recife da solenidade da retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima, que foi iniciada em seu primeiro governo, em 2005, e virou alvo da Lava Jato e símbolo de resistência ao processo de privatização da Petrobras.
O projeto de construção da refinaria, a maior e mais moderna já construída pela Petrobras com tecnologia 100% nacional, marca ainda a retomada do projeto do governo de recriar a indústria petro naval, que foi destruída principalmente pelo levante da Lava Jato contra a Petrobrás.
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Lula vai tirar fotos com 250 funcionários da refinaria antes de anunciar a obra, que deve gerar cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos. Atualmente, a Abreu e Lima refina cerca de 100 mil barris de petróleo por dia e é responsável pela arrecadação de cerca de 35% do ICMS de Pernambuco.
O ato ainda marca ainda a retomada do protagonismo da Petrobras no refino do Petróleo, considerado pelo governo e pela atual administração da estatal, como estratégico para controlar os preços dos combustíveis diante dos trustes das grandes petrolíferas transnacionais.
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Após a venda da BR Distribuidora, responsável pela logística dos combustíveis no pais, o setor de refino virou alvo dos governos Michel Temer (MDB) e, em seguida, de Jair Bolsonaro (PL). A Abreu e Lima foi uma das primeiras estatais a serem retiradas da lista de privatizações pelo governo Lula.
Entre as refinarias privatizadas está a Landulpho Alves, na Bahia, entregue ao grupo Mubadala, controlado pelo governos Emirados Árabes. Após a venda, a refinaria vende o diesel e a gasolina mais cara do Brasil.
O retorno à Abreu e Lima ainda tem uma simbologia política muito forte. A refinaria foi o principal alvo de Deltan Dallagnol (Novo-PR) e Sergio Moro (União-PR) nas investigações da Lava Jato.
Agindo em conluio com os golpistas e as transnacionais do Petróleo, a força tarefa tinha por objetivo dar sustentação ao processo de privatização da Petrobras sob o discurso da corrupção.