A operação realizada na manhã desta quarta-feira (18) pela Polícia Federal em que um dos principais alvos foi o deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ), investigado por supostamente ter incentivado a tentativa fracassada de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2022, deixou outros parlamentares da extrema direita de orelha em pé.
Assim que Jordy foi à internet para se vitimizar e fazer um discurso hiperbólico e cínico de que “o Brasil vive sob uma ditadura”, quando na verdade ele e seu grupo reverenciam a Ditadura Militar e propagam uma nova tirania no país, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) correram para redes e endossaram a reação e as palavras amalucadas do colega.
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“Nesses momentos de tirania, muitos – e com razão – fazem essa pergunta: o que irão fazer? Pra todos, a minha resposta está no vídeo abaixo”, postou Nikolas em seu perfil no ‘X’ (antigo Twitter), seguido por um vídeo em que o jovem deputado fala suas habituais groselhas na Câmara Federal. Minutos antes, ele já havia compartilhado, usando apenas a palavra “ditadura”, o vídeo em que Jordy reclama do cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência e gabinete.
“Isso é o mais completo absurdo! O Brasil se igualou a Venezuela. Minha total e irrestrita solidariedade ao nosso líder da oposição Carlos Jordy”, escreveu Gustavo Gayer, outro radical bolsonarista que inflama as redes sociais com toneladas de mentiras e discurso incendiário diariamente.
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O fato é que a reação desses dois parlamentares não é apenas um posicionamento corporativista. Conhecidos como grandes disseminadores de fake news, Nikolas e Gayer são dois símbolos que expressam muito bem figuras que se beneficiam da gritaria enlouquecedora eivada de mentiras e distorções patéticas que enfiou o Brasil num conflito interminável.
Tanto a PF, encarregada das diligências e investigações sobre o 8 de janeiro, quanto o STF, instância máxima do Judiciário nacional onde correm os inquéritos envolvendo o tema, cada vez mais prometem levar ao banco dos réus os responsáveis por incentivar, organizar e financiar a tentativa de golpe. É inequívoca a participação de parlamentares e outros quadros políticos do bolsonarismo na empreitada criminosa golpista, o que tem deixada esse grupo “ideológico” extremista cada vez mais ressabiado.