EDUARDO LEITE

Eduardo Leite sofre ‘homofobia recreativa’ de presidente do PSDB de São Paulo

Comentário feito em um grupo de WhatsApp do partido pegou muito mal entre correligionários; presidente nega homofobia

Eduardo Leite.Créditos: Reprodução
Escrito en POLÍTICA el

O presidente municipal do diretório do PSDB de São Paulo, Fernando Alfredo, pode até tentar negar, mas que o seu comentário feito em um grupo de WhatsApp em uma foto em que aparece o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pegou muito mal, pegou.

O motorista Joel Alves publicou na última sexta-feira (1º), em um grupo chamado PSDB Renovação uma foto que tirou ao lado de Leite, que é presidente da legenda. Alfredo comentou: "ficou bem de máscara rosa, bela homenagem".

Alves afirmou à coluna Painel, da Folha, que usava máscara cor-de-rosa e um laço da mesma tonalidade por conta do Outubro Rosa, campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Sua esposa, segundo ele, teve a doença e se curou.

Veja abaixo:

A mensagem de Fernado Alfredo foi compartilhada e repudiada nos dias seguintes por dirigentes tucanos, que viram referência à homossexualidade de Leite.

O presidente nacional da Diversidade Tucana, Edgar Souza, diz ser "assombroso ver uma agressão homofóbica dessa vindo de um dirigente do PSDB, um partido absolutamente comprometido com a luta pelos direitos humanos e civis da população".

"Homofobia recreativa é deplorável e estimula a cultura de preconceito e agressão. Esperamos que o dirigente se retrate", diz ainda.

O próprio Joel Alves lamentou que Alfredo tenha feito interpretação "na maldade". No grupo, ele escreveu, logo após o comentário do presidente municipal: "vamos parar por aqui".

Presidente nega

Alfredo negou com veemência à coluna que sua mensagem envolvesse homofobia e diz que tem orgulho de contribuir intensamente com o movimento LGBTQIAPN+ dentro do PSDB há mais de 20 anos.

"Qualquer coisa diferente disso é mentira e não faz qualquer sentido. Da minha boca e da minha escrita só sairão palavras de apoio ao movimento e de solidariedade pela luta pelos seus direitos. A acusação de homofobia está mais na mente de quem leu, ou melhor, na maldade de quem conta, com interesses partidários específicos e sem qualquer relação com a defesa dos direitos LGBTQIAPN+", afirma.

"Estarei sempre na defesa dos direitos LGBTQIAPN+. Na defesa da democracia intrapartidária e da militância mais humilde e popular. Recebo com surpresa o questionamento, mas sigo lutando por meus ideais", conclui.