Jair Renan Bolsonaro, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi acusado pelo ex-chefe de documentação histórica da Presidência da República, Marcelo da Silva Vieira, de ter levado itens do acervo privado de seu pai após uma passagem pelo Palácio da Alvorada. Os presentes, disse Vieira em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, não teriam valor financeiro muito elevado.
“O filho do presidente, ele se encontrava com um influencer, inclusive filmando e fotografando, filmando. Não me recordo, acho que só filmando. E aí eu falo, “Renan, aqui não pode filmar, por gentileza, isso é questão de resguardar o acervo do teu próprio pai, né?”... E ele atendeu, desligou e ficou... Imediatamente eu passo um WhatsApp para o meu chefe direto, que era o doutor Pedro, o chefe do gabinete pessoal que estava ao lado do presidente avisando, “olha, o Renan está aqui querendo pegar alguns”... Era boneco, era uma camiseta camuflada. Eu não lembro exatamente, mas eram coisas, digamos assim, nada de valor enorme, né? E aí, está querendo pegar... Eu lembro que eram coisas simples. Eu cheguei lá, estavam todos separados numa mesa separados para ele”, contou Vieira à jornalista Andréia Sadi.
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Já teria levado bebidas da adega do Alvorada
Uma das histórias mais chocantes reveladas numa série de reportagens do portal Metrópoles sobre a vida intramuros da família Bolsonaro diz respeito a um episódio em que o ex-mandatário de extrema direita teria destruído a porta da adega do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, com uma ‘voadora’.
O texto, de fevereiro deste ano, assinado pelos jornalistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, diz que, num determinado dia, Bolsonaro recebia um convidado ilustre no palácio e então quis presenteá-lo com uma garrafa de vinho. O agora ex-presidente teria ido à adega do local, que fica numa área próxima à cozinha do Alvorada, e ao chegar lá notou que a porta do espaço estava trancada. Os funcionários teriam dito a ele que a ordem para fechá-la era de sua esposa, Michelle, que não estava em casa, e que ninguém poderia acessar o compartimento, nem mesmo o marido.
Bolsonaro teria sido tomado por um acesso de fúria e na base da ‘voadora’ (golpes com os pés) arrombou a porta, para então entrar no local e pegar o tal vinho fino para presentear o visitante daquela noite.
Segundo as fontes ouvidas pelo Metrópoles, a adega presidencial teria sido fechada por ordem de Michelle porque seu enteado 04, Jair Renan, andava circulando pelo palácio toda hora e ia até lá para pegar garrafas de bebidas alcoólicas e levá-las embora. Como a relação entre a ex-primeira-dama e os filhos de seu esposo de outros casamentos era caótica, a atitude trouxe ainda mais confusão para a família número 1 da República.