MELHOR ‘JAIR’ DEVOLVENDO

MP pede ao TCU que dê ordem para recolher tudo que Bolsonaro recebeu em 4 anos

Ex-presidente é acusado de desviar os presentes, incorporá-los ao seu acervo pessoal e revendê-los no exterior; Confira os itens mais inusitados

Jair Bolsonaro (PL).Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Ministério Público, que apura o caso das joias e presentes recebidos por Jair Bolsonaro (PL) durante o mandato e desviados para seu acervo pessoal, pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que determine a devolução de todos os itens, exceto os de uso personalíssimo - que não incluem objetos de luxo. O pedido protocolado nesta segunda-feira (4) leva a assinatura do procurador Lucas Furtado.

O documento aponta, conforme entendimento do próprio TCU, que presentes recebidos pelos presidentes da República precisam ser incorporados ao acervo da União, e não ao acervo pessoal do mandatário, como Bolsonaro costumava fazer.

“A jurisprudência desse tribunal, no que se refere aos presentes recebidos por presidentes da República, é a de que devem ser incorporados ao patrimônio da União todos os documentos bibliográficos e museológicos recebidos, bem como todos os presentes recebidos”, escreveu Furtado.

O documento também pede que sejam listados os itens a serem devolvidos pelo ex-presidente. Alguns deles já foram revelados pela imprensa e são bastante inusitados, como a miniatura de capacete samurai avaliada em R$ 20 mil dada pelo então primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em primeiro de janeiro de 2019, durante a posse de Bolsonaro.

Confira outros itens

  • Um pote de apenas 6 cm, de metal prateado sólido e avaliado em R$ 13,3 mil, foi dado a Bolsonaro por Shinzo Abe durante a cerimônia de entronização do novo imperador japonês em outubro de 2019;
  • Quadro avaliado em R$ 5 mil que mostra a cidade de Jerusalém com o famoso Templo de Salomão. Bolsonaro ganhou a arte em março de 2019 do então primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu;
  • Vaso de prata avaliado em R$ 16,4 mil presenteado na posse pelo então presidente do Peru, Martin Vizcarra Cornejo.