O deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) foi ao seu perfil no ‘X’, antigo Twitter, para chamar de forma direta o presidente Lula (PT) de “cachaceiro”. O insulto foi disparado numa postagem em que o parlamentar falava da participação do chefe de Estado na Assembleia Geral da ONU, realizada esta semana em Nova York.
“Como pode esse cachaceiro mentir tanto sobre o Brasil lá fora e ninguém da imprensa fala nada???”, escreveu o deputado ultrarreacionário.
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Gayer é uma figura conhecida do submundo delirante e sem limites morais do bolsonarismo. Eleito em meio à onda de extrema direita que varreu o Brasil nos últimos anos, ele é um dos mais contumazes difusores de fake news nas redes sociais deste grupo político, tendo como alvos a pandemia da Covid-19, a desconexa “ideologia de gênero”, fraudes eleitorais fantasiosas, urnas eletrônicas e o ministro Luís Roberto Barroso. Numa determinação do TSE de 2021 para desmonetização e retirada de conteúdos mentirosos das redes, o canal do parlamentar foi o mais atingido, ocasião em que teve 59 vídeos tirados do ar.
Em junho deste ano, após dizer que Lula teve maior número de votos no Nordeste porque há lá um maior número de analfabetos, assim como por chamar africanos e brasileiros de "burros", Gayer foi amplamente rechaçado e exposto na internet por sua atitude racista e xenofóbica. Na mesma época, ele acusou a então deputada Silvye Alves (UB-GO) de “ter se vendido ao governo Lula”. A declaração fez com que a parlamentar o acusasse de matar duas pessoas enquanto dirigia bêbado, há mais de 20 anos. Gayer negou que estivesse embriago na tragédia e processou Silvye.
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Verborrágico nas redes e empedernido defensor de Bolsonaro o tempo todo, por “Deus, Pátria e Família”, o deputado extremista é irmão do empresário Frederico Gayer, condenado a 12 anos e meio de prisão em regime fechado, em 2014, pelo assassinato de um jovem chamado Herbert Resende, em 1997, na porta de uma balada de Goiânia (GO). Ele exercia a função de policial por meio de uma nomeação do governo estadual da época, já que nunca foi aprovado em um concurso para essa carreira pública.