ENCHENTES NO RS

Gustavo Gayer: bolsonarista pode virar alvo de investigação criminal por fake news

Líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu quer que o deputado seja incluído no inquérito das fake news por incitar bolsonaristas contra Lula propagando mentira sobre a tragédia no interior gaúcho.

Gustavo Gayer.Créditos: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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Líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de investigação criminal contra o bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) por divulgar fake news relacionando Lula à tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul.

O parlamentar disseminou uma fake news criada pela médica veterinária gaúcha Samara L. Baum, presidenta da ONG Unidos Pelos Animais (UPA) de Sarandi (RS), que havia dito que os donativos para a população atingida pelas enchentes no Rio Grande do Sul só seriam entregues na presença de Lula (PT).

"Recebemos a informação de que não vai ser liberado alimentos (SIC) para serem feitos a doação porque eles têm que aguardar o presidente Lula chegar aqui em Lajeado para fazer foto e vídeo e publicação em cima das doações", disse a veterinária, que gravou vídeo desmentindo a própria declaração após a propagação nas redes sociais.

"Lula proíbe que doações para as famílias atingidas no RS sejam entregues até que ele possa chegar para 'tirar fotos'. Isso é um absurdo", escreveu o deputado bolsonarista em publicação juntamente com o vídeo, que foi apagado depois.

Dirceu pede que o STF intime a Procuradoria-Geral da República (PGR) para instaurar um inquérito criminal contra o bolsonarista, além de incluí-lo no inquérto das fake news, que está sob a relatoria de Alexandre de Moraes.

Para Dirceu, Gayer teve uma conduta "grave e criminosa" para incitar a população a se rebelar contra o governo em meio à tragédia que atinge o interior gaúcho.

"O Representado, em suas postagens, veicula notícias comprovadamente falsas, criando no imaginário da população vitimada a figura de um Presidente insensível e egoísta, numa conduta inconstitucional e criminosa, que traz prejuízos não só às vítimas, mas a todos que estão atuando para minorar o sofrimento presente nas referidas localidades", diz a representação.