O deputado federal bolsonarista General Girão (PL-RN) fez uma acusação grave contra o ministro Flávio Dino, da Justiça: segundo o parlamentar, Dino teria o agredido na última quinta-feira (14) no Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro (RJ). O ministro nega.
O relato, entretanto, é confuso. No boletim de ocorrência que Girão registrou junto à Polícia Civil contra Dino, consta que o ministro "tentou intimidá-lo, partindo para as vias de fato e o agrediu na região do tórax".
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Em discurso feito no plenário da Câmara nesta terça-feira (19), entretanto, Girão contou uma história diferente: disse que Dino o "tocou duas vezes" no peito. Ele ainda afirmou que "não existem imagens" das câmeras de segurança do aeroporto que comprovariam a agressão.
"O ministro olhou para mim, se dirigiu a mim e veio fazer uma abordagem perguntando se eu estava falando com ele. Eu disse: 'Ministro, eu não estou falando com o senhor, não'. Eu fiz um gesto de desaprovação pelo trabalho de vossa excelência como ministro. Aí ele toca duas vezes no meu peito e disse em termos mais ou menos assim: 'O senhor deve se cuidar', e virou as costas e saiu. Quando ele disse e tocou no meu peito, eu disse para não tocar em mim. (...) Ele saiu me chamando de moleque", declarou o bolsonarista.
"Imediatamente fiz o boletim de ocorrência, pedi as imagens do aeroporto e vejam, que lamentável, não existem imagens que possam mostrar tudo que acontece no saguão do aeroporto Santos Dumont", prosseguiu.
Assista:
Dino nega
Flávio Dino, em nota enviada através da assessoria de imprensa do Ministério da Justiça ao portal UOL, negou qualquer tipo de agressão ao General Girão.
"Ao contrário, diante de xingamentos proferidos pelo citado senhor, que o Ministro não conhecia, a reação foi aproximar-se e pedir para o agressor deixar de ser mal-educado e grosseiro. Há várias testemunhas", diz o comunicado.