PERIGO

Vereadora do PT usa cortador de unha para escapar de sequestro

Ela, que foi feita refém junto com o marido e os dois filhos, acredita que a motivação para o crime foi política

Aurilene Silva (PT) é vereadora no município de Axixá do Tocantins.Créditos: Reprodução/Instagram
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A vereadora Aurilene Silva (PT), do município de Axixá do Tocantins (TO), utilizou um cortador de unha para escapar de um sequestro. Ela foi feita refém com o marido e os dois filhos, de 8 e 10 anos, na noite de quarta-feira (13).

Aurilene acredita que a motivação para o crime tenha sido política. A vereadora e os familiares foram abordados por dois homens que anunciaram o assalto, quando ela chegava à chácara em que mora. Os bandidos amarraram ela e o marido e retiraram o celular da parlamentar.

“Quando cheguei à minha residência, desci do carro para abrir a porteira. Foi o momento em que eu vi os bandidos vindo em minha direção. Veio um e outro ficou mais atrás. A minha reação foi correr e gritar muito”, relatou Aurilene, em entrevista ao Globo.

O marido não entendeu o que ocorria, pois o vidro do carro estava fechado. “Ele saiu e entrou em confronto com o bandido. O bandido falou que era para ele se render, se não ia atirar na gente. Ele derrubou o meu marido no chão e amarrou ele”, contou a vereadora.

O casal foi levado para dentro da casa e os criminosos perguntaram quanto dinheiro ela teria. Aurilene respondeu que tinha “entre R$ 3 mil e R$ 5 mil”. Foi quando um dos bandidos disse a ela para ficar “tranquila”, porque eles não iriam matar ninguém, pois a ação seria apenas um “recado”, um “aviso”, "mas da próxima vez que viermos você já sabe, vai depender de você".

No boletim de ocorrência (BO) registrado na Polícia Civil do estado, Aurilene ressaltou que acredita que o caso tenha motivações políticas.

Cortador de unha foi determinante

A vereadora e o marido foram trancados em um quarto, enquanto os bandidos deixaram a propriedade, carregando uma televisão. Aurilene contou que conseguiu se soltar utilizando um cortador de unhas para escapar.

“Consegui me soltar. Soltei o meu marido, com muita dificuldade. Ele tirou as dobradiças da porta e saiu pela porta da cozinha. Pulou o murozinho que tem e foi chamar ajuda. Ele foi no vizinho mais próximo, pegou uma moto e foi para o povoado chamar a polícia”, acrescentou.