A comunidade de Marple Township, na Filadélfia, foi abalada por uma chocante reviravolta em um caso que assombrou a região por quase meio século. David Zandstra, um pastor aposentado que presidia a Trinity Christian Reformed Church em 1975, foi acusado do sequestro e assassinato da jovem Gretchen Harrington, que tinha apenas 8 anos quando desapareceu durante um acampamento bíblico de verão.
As investigações recentes ganharam novo fôlego quando uma mulher, cujo nome não foi divulgado, apresentou informações cruciais às autoridades, apontando Zandstra como o culpado. Segundo relatos, essa mulher era a melhor amiga da filha do pastor e convivia frequentemente com a família. Ela revelou às autoridades que, aos 10 anos de idade, acordou uma vez com Zandstra a apalpando, o que já apontava um comportamento inadequado do suspeito no passado.
Te podría interesar
Além disso, um livro lançado no ano passado, intitulado "Marple's Gretchen Harrington Tragedy: Kidnapping, Murder and Innocence Lost in Suburban Philadelphia," trouxe à tona novas pistas que colaboraram com as investigações. A autora do livro, Joanna Falcone Sullivan, entrevistou Zandstra enquanto escrevia o livro e afirmou que o suspeito parecia ter dificuldades em recordar todos os eventos daquele fatídico dia, atribuindo isso à sua idade avançada.
O crime que abalou a comunidade em 1975 ressurgiu nas redes sociais e grupos de bairro no Facebook, demonstrando a profunda marca que a tragédia deixou na memória coletiva local.
O promotor distrital do condado de Delaware, Jack Stollsteimer, descreveu Zandstra como "o pior pesadelo de todos os pais", destacando a traição da confiança que Gretchen depositava no pastor. "Ele matou esta pobre menina de oito anos que ele conhecia e que confiava nele. E, depois, agiu como se fosse amigo da família, não só durante o enterro dela e no período depois disso, mas por anos", disse o promotor.
Gretchen Harrington foi vista pela última vez caminhando pela estrada, quando, de acordo com testemunhas, foi abordada por Zandstra, que a convidou para entrar em seu carro. O pastor relatou o desaparecimento à polícia na época, ajudou nas buscas pela menina e até mesmo presidiu seu próprio funeral. No entanto, as novas revelações levaram a polícia a crer que Zandstra era o responsável pelo sequestro e assassinato da jovem.
Após a prisão de Zandstra na Geórgia pela Polícia Estadual da Pensilvânia, o suspeito confessou o crime, segundo o policial estadual Eugene Tray.
A família Harrington emitiu um comunicado após a prisão, afirmando que esta é "um passo mais perto da justiça". Descreveram Gretchen como uma menina gentil e amável, cujo impacto permanente ainda é sentido por todos que a conheceram.
O caso de Gretchen Harrington continua a ser uma trágica lembrança do passado que ressalta a importância de levar à justiça crimes hediondos, mesmo após longos anos de impunidade. A comunidade se une agora em busca de justiça para a jovem vítima e para todos aqueles que sofreram com a perda dessa vida inocente.