Integrantes do PL, partido de Jair Bolsonaro, preveem que o ex-presidente deverá ter a sua prisão decretada apenas em meados de 2024, antes das eleições municipais de 2024. A expectativa deles é que o novo Procurador-Geral da República, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, só denuncie o ex-presidente no ano que vem.
O assunto, que tem como epicentro a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, segue em banho-maria. Ninguém além do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sabe de fato o que se passa, pois a investigação segue em sigilo. E não há nenhuma expectativa, nem mesmo por parte dos agentes da Polícia Federal (PF), que ele seja quebrado tão cedo.
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A depender do que ocorrer até lá, a esperança de dirigentes do partido é que Bolsonaro ainda possa seguir descolado de Cid, segundo informações de Lauro Jardim, no Globo. E que venha a ajudar o PL a eleger um número de prefeitos cerca de quatro vezes maior do que elegeu em 2020. Ou seja, algo em torno dos 1,5 mil prefeitos.
Segredo de Justiça
Os depoimentos de Cid deverão seguir em segredo até que a PF realize as diligências que confirmem ou não os fatos narrados por ele. Enquanto isso, deverão surgir novas operações de busca e apreensão e alvos inéditos, ou seja, personagens que ainda não figuraram no rol de investigados. Por isso, o sigilo sobre os relatos só será levantado após as ações policiais.
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A PF, de acordo com a coluna de Bela Megale, já passou a realizar medidas para confirmar as informações cedidas pelo tenente-coronel em ao menos três depoimentos nos quais colaborou. Cid deve voltar a depor em breve, para detalhar novas frentes exploradas pela investigação.
Por outro lado, Bolsonaro reagiu com surpresa e certo ceticismo ao saber da delação do antigo aliado. O ex-presidente escalou auxiliares para tentar levantar o conteúdo do acordo de Cid.