Irmã de Juscelino Filho, a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Resende, foi afastada do cargo durante a operação Benesse, desencadeada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (1º), que investiga um esquema de corrupção envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, a Codevasf.
ENTENDA: PF realiza operação sobre Codevasf, campeã do orçamento secreto comandada pelo Centrão
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Luanna é investigada por receber verbas do chamado orçamento secreto, instituído por Artur Lira (PP-AL), quando o irmão, atual ministro das Comunicações de Lula, fazia parte da base bolsonarista como deputado na Câmara Federal.
Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Luís/MA, Vitorino Freire/MA e Bacabal/MA. As medidas foram autorizadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Orçamento secreto
Alçado ao ministério de Lula na última hora, para cumprir a conta do União Brasil, Juscelino Filho já admitiu ter usado verbas do orçamento secreto.
Após divulgação de reportagem pelo Estadão, o ex-deputado confirmou por meio de nota que usou recursos do orçamento secreto para asfaltar 19 quilômetros de rodovia que leva até uma de suas fazendas no Maranhão.
"Considerar que a estrada de 19 km de extensão, que recebeu, sim, recursos de emenda do parlamentar via convênio com a Codevasf, beneficiou apenas sua propriedade é no mínimo leviano, uma vez que a estrada liga os povoados de Estirão e Jatobá", diz trecho da nota, enviada em janeiro deste ano.
"É natural e previsível que na qualidade de parlamentar, Juscelino Filho tenha o compromisso de levar recursos para a região, sua base política", emendou Juscelino na nota sobre a licitação, que beneficiou a Construservice, principal empresa investigada no esquema.
A empresa Construservice disputou a licitação sozinha e foi contratada em fevereiro de 2022 pela prefeita Luanna Rezende.
Amigo de longa data de Juscelino, Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador, é apontado como o verdadeiro dono da empresa contratada. Em julho de 2022, Eduardo foi preso pela Polícia Federal, acusado de pagar propina a servidores federais da Codevasf.