ORCRIM BOLSONARISTA

Mijoias: Piada de Michelle Bolsonaro sobre OrCrim das Joias é "falta de noção" para aliados

Para membros do PL e advogados, ex-primeira-dama não teria entendido a gravidade da situação. Em nota, Michelle explicou o motivo dela e de Bolsonaro terem ficado calados em depoimento à PF.

Michelle e Jair Bolsonaro.Créditos: Marcos Corrêa/PR
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As piadas e ironias lançadas por Michelle Bolsonaro sobre a investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) sobre a organização criminosa que traficou joias recebidas pelo governo federal para venda nos Estados Unidos causa preocupação entre aliados de Jair Bolsonaro (PL), que não poupam críticas a ex-primeira-dama e presidenta do PL Mulher.

Segundo coluna de Bela Megale, na edição desta sexta-feira (1º) do jornal O Globo, membros do PL e até advogados do casal afirma que Michelle não entendeu a gravidade da situação e tratam as ironias da ex-primeira-dama como "erro" e "falta de noção".

No último dia 26, Michelle foi às redes sociais e, em tom irônico, afirmou que lançaria uma coleção de joias chamada Mijoias.

"Vocês pediram tanto e falaram tanto de joias que, em breve, teremos lançamento Mijoias pra vocês. Vou fazer uma limonada docinha desse limão", disse.

Nesta quinta-feira (31), durante o trajeto para o depoimento à PF, onde ela e o marido ficaram em silêncio, Michelle gravou um vídeo divulgando encontro do PL Mulher. Antes disso, publicou um vídeo praticando boxe e lançou nova ironia: "Das porradas da vida, essas são as melhores”.

Em uma estratégia da defesa, juntamente com outros membros da Orcrim, Michelle e Bolsonaro ficaram em silêncio no depoimento simultâneo à PF.

A manobra jurídica cunhada pelos advogados do casal, contestando a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o caso, mira incitar a militância contra Alexandre de Moraes, um dos alvos principais do ex-presidente.

Em nota divulgada em suas redes sociais, Michelle afirmou que "não se trata de ficar em silêncio" e mirou Moraes.

"Estou totalmente à disposição para falar na esfera competente e não posso me submeter a prestar depoimento em local impróprio, como já restou expressivamente consignado pela Dra. representante da Procuradoria-Geral da República (PGR), o STF não se mostra o órgão jurisdicional correto para cuidar da presente investigação", divulgou a ex-primeira-dama.