AVANÇO SOCIAL

Brasil Sem Fome: Conheça o plano do governo Lula para reduzir insegurança alimentar

Programa conta com 80 ações e cerca de 100 metas para tirar o país do Mapa da Fome até 2030

Governo Lula lança estratégia de combate à fome.Créditos: Reprodução/YouTube
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta sexta-feira (1º), o decreto que cria o Plano Brasil Sem Fome, que tem como objetivo traçar ações e metas para combater a insegurança alimentar e tirar o país do Mapa da Fome até 2030. O documento foi divulgado no Diário Oficial da União.

Desde seu primeiro governo, em 2002, Lula tem como sua principal luta política o combate à fome no país. Para além da vida pública, o presidente também declarou, nas redes sociais, que um Brasil sem fome é seu propósito de vida. 

“O lançamento do programa Brasil Sem Fome é especial para mim. É especial porque estamos tratando daquilo que é o meu propósito de vida, a minha profissão de fé: a luta por um Brasil sem fome. Hoje demos mais um passo importante para que toda pessoa que mora neste país consiga tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias.”

Objetivos do plano

A nova estratégia conta com 80 ações e políticas públicas de 24 ministérios para alcançar cerca de 100 metas traçadas, entre elas a redução da pobreza e do número de pessoas sem acesso à alimentação adequada, com nutrientes capazes de manter o organismo saudável.

Além disso, também são objetivos do Plano Brasil Sem Fome criar estratégias para ampliar produção de alimentos saudáveis, fortalecer iniciativas da sociedade civil para erradicação da fome e o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

Para sua realização, municípios, estados, Distrito Federal, União e sociedade civil vão trabalhar juntos.

A coordenação de políticas, programas e ações do Plano Brasil Sem Fome será realizada pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional.

O público-alvo são pessoas em situação de insegurança alimentar grave, que serão identificadas através do Cadastro Único (CadÚnico).

O decreto também autoriza a celebração de convênios, acordos de cooperação e consórcios públicos entre órgãos das diferentes instâncias, assim como a assinatura de termos de colaboração, fomento ou acordos de cooperação com a sociedade civil.

Eixos

As políticas, programas e ações do plano serão estruturadas em três eixos: 

  • Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania; 
  • Segurança alimentar e nutricional, com alimentação adequada, da produção ao consumo; 
  • Mobilização para o combate à fome.

Financiamento

O plano será financiado pela dotação orçamentária da União por meio dos órgãos participantes. Os estados, Distrito Federal e municípios também poderão custear as despesas com seus orçamentos e serão aceitas doações de dentro de fora do país. 

A sociedade poderá controlar e avaliar o Plano Brasil Sem Fome por meio do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), desativado na gestão do ex-presidente Bolsonaro, em 2019, e que foi retomado no início do governo Lula.