O ministro da Justiça, Flávio Dino, rebateu no mesmo tom as ameaças de bolsonaristas que atuam na Comissão Parlmanetar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de pedir sua "condução coercitiva" caso ele não libere as imagens gravadas pelo circuito interno do Ministério durante os ataques de 8 de Janeiro.
Na quinta-feira (4), 12 deputados da oposição entraram com notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que “sejam devidamente investigadas eventuais condutas ilícitas possivelmente praticadas no âmbito do Ministério da Justiça, em razão de negativa de fornecimento de imagens à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito dos Atos de 8 de janeiro de 2023”.
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No mesmo dia, o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA) deu prazo de 48 horas para que Dino entregue as imagens - que vence nesta segunda-feira (7). Se o pedido não for atendido, a CPMI vai pedir à Advocacia do Senado que acione o Supremo.
Na resposta, revelada pelo portal Metrópoles, Dino teria dito que não compartilha as imagens pois pode “resultar no descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e comprometer investigações, gerando possível responsabilização” de sua parte. O ministro ainda ameaçou "medidas coercitivas" caso a CPMI insista na questão.
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Dino afirmou que consultou o STF e pediu autorização à corte para compartilhar os vídeos, que fazem parte de processo sigiloso.