Acostumado a ser o ‘saco de pancadas’ nas sessões da CPMI do 8 de Janeiro, o deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) não desiste da tarefa de tentar intimidar e coagir depoentes que relatam fatos contrários à narrativa amalucada da extrema direita de que a tentativa de golpe contra o governo Lula teria sido de partidários do governo Lula, mesmo com tudo que foi transmitido ao vivo e registrado no trágico acontecimento histórico.
Nesta quinta-feira (31), o extremista juvenil foi falar grosso com o general Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nos primeiros dias do atual mandato do presidente petista. O militar respondia às perguntas da CPMI numa boa, quando de repente foi interrompido com os gracejos habituais do pueril parlamentar, que o provocava pedindo para que o oficial general da reserva explicasse a função do GSI no chamado “plano escudo”, destinado à proteção do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF, além de áreas adjacentes.
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“O senhor tem que ler o plano escudo, deputado”, respondeu o militar veterano depois de fulminar o rapaz por alguns segundos com o olhar.
Nikolas, então, dobra a aposta e passa a dizer que quer ouvir de G. Dias qual era a função do GSI no “plano escudo” e que está ali “para fazer perguntas e não ser perguntado”. O general perde a paciência com a infantilidade do parlamentar de extrema direita e então responde como se falasse com um moleque.
“Eu não vou responder ao senhor, deputado”, disse G. Dias.
Outra vez o bolsonarista insiste: “O senhor não vai me responder?”
O general, olhando nos olhos do parlamentar, repete: “Não!”.
Veja o vídeo: