Na última semana, o hacker Walter Delgatti depôs na CPMI do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional, e deu informações bombásticas sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) num suposto esquema criminoso que pretendia criar uma fraude forjada para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. No mesmo período, na presença de outros depoentes que falavam sobre os ataques contra a democracia brasileira ocorridos no início deste ano, parlamentares bolsonaristas protagonizaram um verdadeiro show de horrores com gritos, falas sem sentido, sadismo e todo tipo de comportamento esdrúxulo e descabido para um ambiente onde deveria imperar a seriedade e a responsabilidade.
Em sua intervenção durante uma das sessões, o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) deu uma declaração que, recortada, passou a viralizar nas redes como uma espécie de aula bem didática sobre o que é esse fenômeno político, social e até psicológico que atende pelo nome de bolsonarismo.
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“Na minha concepção existe direita, existe conservadorismo, como a Duda (Salabert) descreveu, e existe uma outra coisa chamada bolsonarismo... Que a gente vê nos bastidores aqui, no plenário... É a glorificação do ódio, é sarcasmo, é ironia, é o desprezo completo à dignidade do outro, é riso diante do sofrimento humano, é uma lacração intencional na busca por uma autopromoção a partir do ódio deliberado contra o outro... O bolsonarismo faz da violência, política... E da política, violência... No microfone e fora do microfone... Então, essa lógica cruel não vai ter compaixão do senhor, não vai defender o senhor, pelo contrário... Vai comemorar toda responsabilidade em cima do senhor, porque é da lógica do bolsonarismo a ausência completa de solidariedade, compaixão, sensibilidade, amor ao próximo... É a violência como política e a política como violência”, explanou Vieira.
Veja o momento em que o deputado disserta sobre o grupo extremista: