8 DE JANEIRO

Mauro Cid vai depor na CPI dos Atos Antidemocráticos no Legislativo do DF

Presidente do colegiado, deputado Chico Vigilante, confirma presença do tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, em audiência nesta semana

Créditos: Agência Brasil (Lula Marques) - Mauro Cid ficou em silêncio na CPMI dos Atos Golpistas e a tendência é que também não fale nada à CPI dos Atos Antidemocráticos do DF
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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, vai depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal na próxima quarta-feira (24), a partir das 9h.

A informação foi divulgada pelo presidente do colegiado, deputado distrital Chico Vigilante (PT), em postagem nas redes sociais nesta segunda-feira (21).

Mauro Cid está preso desde o dia 3 de maio no Batalhão do Exército de Brasília em razão da investigação que apura fraudes em cartões de vacina dele, de sua família, de Bolsonaro e da filha do ex-presidente.

Silêncio na CPMI dos Atos Golpistas

No dia 11 de julho, na última atividade da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, no Congresso Nacional, antes do recesso parlamentar, o tenente-coronel Mauro Cid compareceu fardado e não respondeu nada. Na ocasião, ele listou os processos crimInais pelos quais está sendo investigado para justificar o silêncio durante o depoimento.

A tendência é que Mauro Cid também fique em silêncio no depoimento desta semana ao Legislativo do DF.

CPI dos Atos Antidemocráticos do DF

A CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF apura os atos terroristas ocorridos em Brasília no dias 12 de dezembro de 2022, quando bolsonaristas radicais promoveram vandalismo, destruíram e atearam fogo em carros e ônibus; e do dia 8 de janeiro de 2023, quando deflagaram atos golpistas e vandalizaram as sedes dos Três Poderes. 

Próximos depoimentos

No dia 31 de agosto estão marcados mais dois depoimentos. O primeiro, previsto para começar às 9h, será o de Armando Valentin Settin, autônomo preso em flagrante no dia 8 de janeiro, horas após participar da invasão às sedes dos Três Poderes, que em depoimento à Polícia Civil do DF revelou detalhes do acampamento golpista em frente ao Quartel-General de Brasília.

Settin contou ter frequentado o acampamento diariamente, por mais de 40 dias, período no qual estabeleceu uma relação de confiança com lideranças do local. Essa proximidade teria lhe garantido participar de três reuniões restritas, com essas pessoas, momento em que teria ouvido os planos de ataques.

O outro depoimento será do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante. A princípio, a presença dele, que se autodenomina cacique, no colegiado estava prevista para o dia 25 de maio, mas ele não compareceu. 

Na ocasião, Vigilante explicou que a presença do indígena, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, dependia da autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o que não ocorreu a tempo.