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VÍDEO: Moro é ignorado por Alexandre de Moraes ao tentar puxar conversa

Na semana em que foi chamado de "criminoso contumaz" por Walter Delgatti, Moro foi solenemente ignorado por Alexandre de Moraes, que foi chamado de amigo e aplaudido por ex-ministros de Bolsonaro em evento do PP.

Moro tenta puxar conversa e é ignorado por Alexandre de Moraes.Créditos: Reprodução/SBT
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Em uma semana difícil, em que chegou a ser chamado de "criminoso contumaz" por Walter Delgatti ao tentar uma lacração durante o depoimento do hacker à CPMI dos Atos Golpistas, o senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) foi solenemente ignorado ao tentar puxar conversa com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O flagra foi feita pela equipe do SBT que fazia a cobertura do Fórum Brasileiro de Inteligência Artificial, realizado nesta sexta-feira (18) em Brasília pela Fundação Milton Campos, instituição ligada ao PP.

Em uma sala do evento, Moro estava à frente de Moraes e tentou puxar conversa: "como é que estão as coisas lá, agitadas?", perguntou o ex-juiz, recebendo como resposta um sorriso seco do ministro.

Moraes foi aplaudido por ex-ministros de Bolsonaro, como o senador Ciro Nogueira, ex-titular da Casa Civil, e foi chamado de "amigo".

No evento, o ministro ainda mirou Arthur Lira, presidente da Câmara, pedindo agilidade na aprovação de uma lei que regulamente o uso da inteligência artificial no país.

“Aí entramos naquele ciclo vicioso: se não há regulação, há necessidade da Justiça regulamentar, e aí o Judiciário é acusado de usurpar o Legislativo. Se não existe uma regulação, é necessário decidir”, afirmou.

O ministro ainda fez críticas ao adiamento da votação do PL das Fake News, traçando um paralelo entre as redes sociais e à inteligência artificial.

“Desculpe a sinceridade, mas perdemos a oportunidade de regulamentar essa questão recentemente. Sou a favor de uma regulamentação minimalista, no caso das big techs e das redes sociais. Não devemos especificar tudo, apenas standards [diretrizes básicas], para avançarmos nessa regulação”, afirmou.