Por duas vezes durante sua intervenção na CPMI dos Atos Golpistas, o senador Sergio Moro (União-PR) tomou pito de Cid Gomes (PDT-CE), que exercia a presidência momentânea da comissão, por atacar Walter Delgatti, o hacker de Araraquara, em seu depoimento.
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Em vez de fazer perguntas relacionadas à tentativa de golpe, tema da comissão, Moro tentou detratar Delgatti levantando informações sobre processos que ele já enfrentou na Justiça.
"A Presidência solicita às duas parte, à casa e todos os integrantes dessa CPMI e à testemunha que se atenham à discussão sobre questões relativas ao objeto da convocação da testemunha. Senão vamos entrar numa discussão que, creio, não vai acrescentar nada a essa comissão", disse Gomes.
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"Compreendo até a tese de quem faz uso da palavra agora de que deseja descaracterizar a testemunha ou caracterizá-la como uma pessoa que infringiu a lei. Mas, a decisão do Supremo nos obriga a tratá-lo com respeito", emendou o senador.
Diante da insistência de Moro, Cid Gomes deu novo pito ao ex-juiz da Lava Jato, que ficou cara a cara pela primeira vez com o hacker, que divulgou mensagens que confirmaram o lawfare da força-tarefa contra Lula.
"A presidência, mais uma vez, solicita que a testemunha seja tratada com respeito", disse Gomes a Moro, que retrucou cabisbaixo: "perfeito".