Investigação conduzida pela Polícia Federal sobre as joias traficadas pelo clã Bolsonaro para serem vendidas nos EUA já teria elementos suficientes para indicar criminalmente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, segundo informações de um agente ouvido pela jornalista Andeia Sadi, da Globo.
“Com toda certeza vai ser indiciada. Sem dúvida alguma”, teria dito o policial federal à jornalista.
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O agente ainda teria adiantado que, em razão das provas consistentes já obtidas, a PF não teria pressa em ouvir Michelle Bolsonaro.
Após o desencadeamento da Operação Lucas 12:2 na última sexta-feira (11), a PF pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal tanto de Michelle, quanto de Jair Bolsonaro (PL).
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A devassa nas contas do casal está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e já perocupa aliados, que estariam se afastando politicamente do clã em razão da consistência da investigação e do perspectiva de uma prisão de Jair Bolsonaro.
CPMI
A base governista na CPMI dos Atos Golpistas deve agora focar sua atenção em Michelle e Jair Bolsonaro.
Os deputados da ala governista têm a intenção de pautar e submeter a votação um requerimento a ser encaminhado para o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão responsável por combater a lavagem de dinheiro, a fim de obter acesso às transações bancárias efetuadas pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A operação da PF revelou uma das maiores mentiras ocultadas pela ditadura: a de que não havia corrupção no regime militar. Dessa vez, tratou a associação entre Jair Bolsonaro com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e o pai dele, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, como deve ser chamada: uma OrCrim, a sigla para organização criminosa.
Durante o governo Bolsonaro, o general ocupou cargo federal ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami (EUA), onde mora e negociou as joias.
A OrCrim inclui ainda o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef – o mesmo que escondeu em seu sítio Fabrício Queiroz, o pivô do esquema de corrupção das "rachadinhas" do clã –, e o tenente do Exército Osmar Crivelatti, ex-coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República, subordinado a Mauro Cid.