A Polícia Federal (PF) e o Ministério do Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagaram na manhã desta segunda-feira (24) a Operação Élpis, primeira etapa da investigação sobre o assassinato da vareadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.
Nesta primeira etapa, a PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão no Grande Rio.
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Segundo informações da PF, a pessoa presa é o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que foi condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria pena em regime aberto.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, se pronunciou, por meio de suas redes sociais, sobre a Operação Élpis.
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"Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão", escreveu Flávio Dino.
Essa é a primeira operação da PF, sob o comando de Flávio Dino, em torno do assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.
Em fevereiro deste ano, Flávio Dino anunciou a criação de uma força tarefa para aprofundar as investigações sobre o assassinato de Marielle. O trabalho também estabeleceu uma nova parceria entre a PF e a MPRJ.
Bombeiro preso no caso Marielle tem apartamento de R$ 2 milhões e carro de R$ 170 mil
De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, Suel é dono de apartamento luxuoso de frente para a praia na Barra da Tijuca avaliado em R$ 2 milhões. O condomínio onde o bombeiro mora é formado por três prédios de 27 andares, com piscina, bar, restaurante e academia. Com quatro quartos, os imóveis possuem cerca de 170 m².
Segundo a Delegacia de Homicídios do Rio, Maxwell também trabalha com compra e venda de carros importados. Na garagem da casa, os agentes encontraram um BMW X6 no valor de R$ 170 mil. O bombeiro já chegou a ter um Porsche Cayenne, avaliado em R$ 300 mil.
Suel foi preso nesta quarta-feira (10) por suspeita de ter ajudado no descarte das armas usados no assassinato logo após a prisão de Lessa no condomínio Vivendas da Barra, o mesmo onde mora o presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, em março do ano passado.
O bombeiro é acusado de ter cedido um carro para a quadrilha de Lessa esconder as armas por uma noite, logo após a prisão do sargento, antes de um de seus comparsas, Josinaldo Freitas, o Djaca, recolhê-las e jogá-las no mar para evitar a apreensão. Uma das armas, cogita a polícia, pode ter sido usada no ataque a Marielle.