GEOPOLÍTICA BOLSONARISTA

Senador bolsonarista que errou sede da ONU ataca jornalista e recebe sugestão inusitada

Comitiva de parlamentares bolsonaristas foi à sede da ONU em Nova York denunciar "violação dos Direitos Humanos" por Alexandre de Moraes. Escritório que recebe essas denúncias, no entanto, fica na Suíça.

Eduardo Girão com Magno Malta e Marcel Van Hattem em Nova York.Créditos: Twitter
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Um dos mais ferrenhos defensores do legado de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) atacou a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, ao se justificar de forma estapafúrdia por ter errado a sede da ONU onde iria protocolar um denúncia de "violação de direitos humanos" contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo tratamento dado aos golpistas presos pelo 8 de Janeiro.

Girão e um grupo de parlamentares bolsonaristas foi à sede da ONU em Nova York, nos EUA, levar a denúncia. No entanto, os relatórios de violações de direitos humanos são recebidos pelo escritório da organização que fica em Genebra, na Suíça. 

O erro de continente do bolsonarista foi divulgado primeiramente pela jornalista Bela Megale, que virou alvo de ataque do senador.

"Nota maldosa e equivocada. Nossa comitiva cumpriu o procedimento de dar ciência ao embaixador, representante do Brasil na ONU.E esse escritório fica  na ONU fica em NY! Talvez a repórter não saiba, mas ñ é preciso ir á Genebra p/enviar petições ao Comitê de Direitos Humanos; o processo é feito online (SIC)", tuitou Girão.

A resposta do senador deu margem para que os internautas fizessem, então, uma sugestão a ele: "Se não precisa ir a Genebra por ser online, por que precisa ir a New York?", indagou o perfil Pastor Mala.

Os seguidores se revoltaram pelo fato da comitiva de parlamentares ter viajado até Nova York com dinheiro público para algo que poderia ter sido feito dentro do gabinete.

"Se não tem a necessidade de ir até Genebra para protocolar petições, podendo enviar online, então vocês foram até Nova York apenas para turistar as custas do nosso dinheiro", indagou Lazaro Rosa.

Girão respondeu dizendo "que não foi gasto um centavo de verba pública", sem detalhar, no entanto, de onde veio o dinheiro para arcar com as despesas da viagem.