NA CARA

Gilmar Mendes detona Deltan Dallagnol: “Já pode fundar uma igreja”

Fala do ministro foi feita em evento online do Grupo Prerrogativas e faz referência a anúncio do ex-deputado de que teria ganhado uma “chuva de pix”

Gilmar Mendes.Créditos: Carlos Moura/STF
Escrito en POLÍTICA el

Durante um evento online do Grupo Prerrogativas realizado no último sábado (15), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, detonou o ex-deputado federal cassado e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. O magistrado fazia críticas à operação e sobre como o modelo “Moro-Dallagnol” teria fracassado, quando disparou que Dallagnol já poderia “fundar uma igreja" depois da “chuva de Pix” que anunciou.

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“Esses dias vi o Dallagnol dizendo que, quando saiu da Câmara e estava no avião, começou a chover Pix. É o novo contato com a espiritualidade, a espiritualidade do dinheiro. Certamente já pode fundar uma igreja”, ironizou Gilmar Mendes durante o evento do Prerrogativas.

A referência é a uma campanha feita pelo ex-deputado, logo após ser cassado, em que pediu dinheiro para os apoiadores. Em 11 de junho, Dallagnol gravou um vídeo em que agradece aos seguidores pelas doações que recebeu após a cassação, chama os doadores de “agentes de Deus” e revela que teria desabafado com o próprio Senhor sobre as condenações que vem enfrentando na Justiça.

“Imaginei Deus respondendo o seguinte: quando foi, Deltan, que eu permiti que você e sua família fossem tocados? Quando você foi condenado a pagar mais de R$ 100 mil por conta do PowerPoint, eu não fiz chover mais de 12 mil transferências de Pix em menos de 36 horas na tua conta? Não foi mais de meio milhão de reais sem você abrir a boca para pedir? Quando você viu qualquer coisa parecida, homem de pequena fé? Não tema. Seja forte e corajoso”, disse Dallagnol no vídeo.

O evento em que Mendes criticou Dallagnol reuniu uma série de advogados e juristas críticos à Lava Jato e que apoiaram a candidatura do presidente Lula (PT) no último ano. Além disso, também marcou uma homenagem ao ex-ministro do STF, Sepulveda Pertence, morto aos 85 anos em Brasília no último dia 2 de julho.