Bolsonaristas estão engajados em tentar diminuir a gravidade do ataque promovido contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), feito por três pessoas no Aeroporto de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14) - sendo que alguns deles vêm inventando histórias e até mesmo negando o ocorrido.
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Moraes foi xingado e hostilizado por Roberto Mantovani Filho, Andreia Mantovani e Alex Zanatta, sendo que o primeiro teria, ainda, agredido fisicamente o filho do ministro.
A Polícia Federal (PF) já abriu inquérito para investigar o trio por crimes contra a honra e ameaça, que podem levá-los a uma pena de até 2 anos e 6 meses de prisão.
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Apoiadores de Jair Bolsonaro, no entanto, afirmam que tudo não passa de uma grande armação. Alguns deles, por exemplo, têm usado como "prova" de que não houve ataque uma foto dos três detratores em que eles aparecem com roupas de frio, sendo que Roma, onde ocorreu o ataque, vem registrando altas temperaturas por causa do verão.
Acontece que a foto em questão foi tirada quando os detratores desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo - que está registrando temperaturas baixas -, quando foram abordados por agentes da Polícia Federal.
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Outra versão estapafúrdia que circula entre bolsonaristas é a de que o filho de Alexandre de Moraes teria "surtado" e partido para cima dos detratores que xingaram o ministro.
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Há, ainda, quem diga que o caso é mentira pois Moraes não estaria de férias, sendo que o STF entrou de recesso e o ministro passava por Roma após ministrar uma palestra na cidade de Siena.
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Entenda o caso
A Polícia Federal abriu inquérito e as três pessoas acusadas de hostilizar, ameaçar e agredir o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e seu filho na última sexta-feira (14) no Aeroporto de Roma, na Itália, responderão por crimes contra a honra e ameaça, que podem levá-los a uma pena de até 2 anos e 6 meses de prisão.
Moraes estava ao lado do seu filho no aeroporto de Roma, indo viajar para outro país da Europa após uma palestra na cidade de Siena, quando foi hostilizado por três bolsonaristas. “Bandido, comunista comprado”, disse uma mulher chamada Andreia Mantovani.
Em seguida, um homem identificado pela PF como Roberto Mantovani Filho, marido de Andreia, chegou a agredir o filho do ministro com um tapa. O rapaz teria tentado intervir nas agressões ao pai. Logo depois, um terceiro bolsonarista identificado como Alex Zanatta, genro de Roberto, se juntou aos outros dois detratores nas ofensas ao magistrado.
Após desembarcarem no aeroporto de Guarulhos os três foram identificados pela PF e responderão em liberdade a um inquérito. Em mensagem divulgada através das redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou o comportamento dos bolsonaristas contra o ministro do STF como "criminoso".
"Até quando essa gente extremista vai agredir agentes públicos, em locais públicos, mesmo quando acompanhados de suas famílias? Comportamento criminoso de quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso. Querem ser 'elite'mas não tem a educação mais elementar", escreveu Dino.