O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) esteve no Fórum Café na última quinta-feira (13), na TV Fórum, onde deu uma entrevista aos jornalistas Mauro Lopes e Rebeca Motta sobre o cotidiano do Congresso Nacional e em especial o caminhar dos trabalhos da CPMI dos Atos Golpistas, que apura o ataque bolsonarista a Brasília do último dia 8 de janeiro. Entre os temas que nortearam a conversa, um em especial chamou a atenção. O parlamentar comentou o extremo machismo e misoginia praticados pela oposição de extrema-direita durante a CPMI, em particular os ataques à relatora e senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
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“Ali é um show de cinismo e um horror. De manhã é quando os autores dos requerimentos e a maioria nossa de titulares fala – de tarde é vez da maioria deles e dos suplentes e a gente escuta de tudo, o que queremos e o que não queremos. Bobagens, ameaças, mentiras, mas é do jogo. Ficamos calados e depois respondemos. Mas de manhã, que é quando nós falamos, é um inferno. Eles sentam ao lado, interrompem, alguns vão lá só para gritar e berrar, para poder interromper. Quando o depoente deles está em apuros eles interrompem aos gritos, especialmente com a relatora Eliziane são extremamente ácidos”, relatou.
A seguir, Correia detalha o imaginário bolsonarista pelo qual tenta compreender a conduta descrita e diz que é preciso que também os homens parlamentares denunciem os abusos discursivos. Ele se diz impressionado com a conduta dos bolsonaristas, que extrapola o que seria uma mera grosseria ou uma frase fora de lugar, para o que considera uma afirmação deliberada de suposta superioridade deles sobre as mulheres. Uma prática carregada de ideologia de extrema-direita.
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“É impressionante, eles têm uma relação com as mulheres de autoritarismo que é um negócio chocante. Quando as companheiras falam isso, muita vezes ficamos receosos, dizendo que é bom elas falarem. Mas é bom a gente (que é homem) falar também. É impressionante o preconceito que eles têm com as mulheres. Parece que não admitem que as mulheres possam dar opinião, saber das coisas e confrontá-los. Alguns chegam a citar trechos da Bíblia que dizem que a mulher deve ser submissa ao homem. Então, é impressionante a ação deles contra as mulheres. Isso a gente precisa denunciar junto com as companheiras. O machismo está impregnado. E tratam a Eliziane dessa forma. Além de interrompê-la, também a tratam como se fosse uma pessoa inferior”, concluiu.
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