A sessão desta terça-feira (11) da CPMI dos Atos Golpistas que interroga o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, tem sido marcada não apenas pelo silêncio do depoente, mas pelo chororô dos bolsonaristas mais radicais como o senador Jorge Seif (PL-SC). O ex-secretário da Pesca de Bolsonaro, em sua tentativa de defender Cid, colocou-o como um preso político que sofre tortura psicológica e comparou o novo governo brasileiro à Venezuela.
“Você não respondeu se Bolsonaro é seu pai ou não. Mas se for, nós somos irmãos. Ele disse numa entrevista que te considera um filho e também me chama de filho, então vou respeitar o seu direito constitucional que, com sabedoria você está exercendo. Sei dos seus serviços prestados ao Brasil e também tive a honra de servir ao país durante o governo Bolsonaro. Quero corroborar, reiterar as palavras do deputado Nikolas Ferreira, de Minas Gerais: você é um preso político! Você é um perseguido político!”, disparou Seif.
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O senador de Santa Catarina lamenta a prisão de Mauro Cid e acredita que sua ocorrência se deve à “tortura psicológica” que o atual governo estaria fazendo para que o ex-ajudante de ordens entregue eventuais crimes de Bolsonaro.
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“Tem muita gente com crimes piores solta por aí e você está preso por um cartão de vacinação. Te prendem para fazer o fishing expedition, ou seja, procurar tua vida toda para no final alcançar o presidente Bolsonaro. Querem aterrorizar tua vida. Você está sendo torturado psicologicamente para falar. Para vomitar e caguetar, e até inventar algo para prejudicar o presidente Bolsonaro", disse.
Por fim, o choro de Jorge Seif ainda relembrou a inelegibilidade de Henrique Capriles, na Venezuela, pois “teria chances de vencer Maduro nas eleições”, fazendo uma comparação com a recente inelegibilidade de Bolsonaro. Em seguida, ainda colocando o Brasil em paralelo à Venezuela, declarou que o Supremo Tribunal Federal colaboraria com uma “ditadura do PT” e citou as recentes derrotas judiciais de Deltan Dallagnol, cassado, e Daniel Silveira, preso, como exemplos que comprovariam seu argumento.