Em pronunciamento na Câmara, o deputado federal e pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) resumiu, em pouco mais de um minuto, o mal e o perigo que o bolsonarismo, corrente de extrema direita ligada ao ex-presidente, faz ao país.
“Na minha concepção existe direita, existe conservadorismo e existe uma outra coisa chamada bolsonarismo. A gente vê nos bastidores aqui no plenário: é glorificação do ódio, é sarcasmo, é ironia, é desprezo completo à dignidade do outro, é riso diante do sofrimento humano”, começou o deputado.
Te podría interesar
Ajude a financiar o documentário da Fórum Filmes sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Clique em https://benfeitoria.com/ato18 e escolha o valor que puder ou faça uma doação pela nossa chave: pix@revistaforum.com.br.
Vieira ainda usou um termo da moda: “É uma lacração intencional na busca por autopromoção, a partir do ódio deliberado contra o outro. O bolsonarismo faz da violência, política. E da política, violência, no microfone e fora do microfone”, destacou.
“Então, é da lógica do bolsonarismo a ausência completa de solidariedade, compaixão, sensibilidade, amor ao próximo. É a violência como política e a política como violência”, completou o parlamentar.
“Extrema direita usa teologia violenta contra LGBTs para controle social”, diz
Recentemente, em entrevista ao programa Fórum Café, Henrique Vieira comentou as falas do pastor André Valadão e a ascensão do conservadorismo evangélico no país.
“É majoritariamente popular, majoritariamente de mulheres e majoritariamente negro. É uma fração da classe trabalhadora brasileira no nosso país. Agora, de fato, tem um conservadorismo predominante, mas não unânime, e de fato existe um fundamentalismo evangélico muito vinculado à extrema direita e ao bolsonarismo, que tem penetrado fortemente nas instituições”, disse.
“Há uma violência desse setor evangélico. A gente precisa saber identificar esse fundamentalismo e combatê-lo firmemente, pedagogicamente, porque esse fundamentalismo é autoritário e violento”, acrescentou o deputado.
“Se entregar o evangélico para a extrema direita, nós temos um problema, porque é uma fração cada vez mais numérica da classe trabalhadora do nosso país”, destacou Vieira.