Com a última viagem realizada no sábado (8) para Letícia, na Colômbia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) superou a marca de visitas internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista vem apostando no restabelecimento de laços com aliados estratégicos desde o início de seu mandato.
Ao visitar países como Estados Unidos, Argentina, França, Uruguai, Japão, China, Espanha, Emirados Árabes, Reino Unido, Vaticano, Portugal e Itália, o presidente completou a visita ao 13º país ao chegar na Colômbia. Bolsonaro havia visitado apenas 10 países em todo o seu primeiro ano de gestão e em apenas seis meses, o ex-presidente havia até então ido a seis países.
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Lula retomou o protagonismo internacional do país, atuando em temas como direitos humanos e meio ambiente. De acordo com o cientista político Carlos Bandeira, “a diplomacia brasileira, nesses primeiros seis meses e pouco, fundamentalmente, correu atrás de se reconectar com parceiros que eram muito próximos e tiveram algum distanciamento nos últimos quatro anos. Também se reposicionou em alguns temas que eram muito caros à agenda da diplomacia do país e estavam sendo manejados de uma forma contrária à nossa posição tradicional”.
Nos sete primeiros meses de visitas a países ao redor do mundo, é possível observar que Lula deu prioridade a agendas na Europa e na América.Uma tentativa do governo brasileiro de avançar na articulação final de um acordo comercial entre o Mercosul, bloco formado por Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, e a União Europeia, formada por 27 países.
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Em 28 de junho de 2019, as negociações do acordo entre os dois grupos foram finalizadas. No entanto, para que o tratado passe a vigorar de fato, ele precisa passar por um processo de revisão e ratificação por parte do Parlamento Europeu e dos congressos nacionais dos países do Mercosul.
Por que Lula foi à Colômbia?
O presidente atende a um pedido de Gustavo Petro, presidente da Colômbia, a fim de que o Brasil faça parte do encerramento da Reunião Técnico-Científica da Amazônia. Lula e Petro também devem discutir temas voltados para o comércio e investimentos, bem como cooperação em matéria de defesa e de segurança.
A delegação brasileira participou das negociações da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) acerca da declaração conjunta a ser adotada por ocasião da Cúpula da Amazônia, prevista para ser realizada no mês seguinte, em Belém (PA).
O objetivo da agenda regional é em favor do desenvolvimento sustentável da Amazônia, com vistas à proteção do bioma amazônico, promovendo fomento de ciência, tecnologia e inovação, inclusão social e valorização das comunidades indígenas e seus saberes.