NOVO MOMENTO

Multinacionais estão otimistas com governo Lula e futuro do Brasil pós-Bolsonaro

Nos últimos meses, a inflação tem dado sinais de desaceleração e a gestão federal aprovou duas importantes medidas econômicas

Multinacionais estão otimistas com governo Lula e futuro do Brasil pós-Bolsonaro.Créditos: Ricardo Stuckert/PR
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Diante do cenário de aprovação do Arcabouço Fiscal, Reforma Tributária e contenção da inflação, multinacionais que atuam no Brasil estão otimistas com o governo Lula e o futuro do Brasil pós-Bolsonaro.  

Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Folha de S. Paulo, que revela que 80% dos executivos estão otimistas com o futuro econômico do país e apenas 20% ainda mantêm algum tipo de preocupação. 

Segundo o levantamento feito pela Folha, o termômetro das multinacionais aponta para boas perspectivas de vendas no Brasil na áreas de alimentação, tecnologia, suprimentos agrícolas e medicamentos. 

Entre os executivos que estão otimistas com o futuro econômico do Brasil estão Tim Cook, CEO da Apple, e Marcelo Rabach, CEO da Arcos Dorados, que opera as franquias do McDonald 's no país. 

Também trabalham com boa expectativa quanto ao Brasil pós-Bolsonaro as companhias de alimentos e bebidas como Kellogg (dona da marca Pringles), Hormel Foods (Ceratti), a gigante cervejaria AB Inbev e a Brown-Forman (Jack Daniel's) relatam crescimento de vendas ou apontam confiança nos próximos meses. 


Brasil com Lula: juros e inflação em baixa, PIB em alta, aponta Relatório Focus

Os especialistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram novamente a estimativa de inflação para o ano de 2023, de acordo com o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (19).

Segundo o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial da inflação no país, agora é projetado para encerrar o ano em 5,12%. Essa estimativa é menor do que a da semana passada, que era de 5,42%. Essa foi a quinta redução consecutiva na projeção.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3,25% para este ano, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, a meta será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,75% e 4,75%.

Os economistas consultados pelo BC também reduziram suas estimativas de inflação para 2024 (de 4,04% para 4%) e 2025 (de 3,9% para 3,8%).

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o Relatório Focus projeta um crescimento de 2,14% para 2023, o que é superior à estimativa da semana anterior (1,84%). Essa é a sexta revisão consecutiva para cima.

No entanto, a previsão de crescimento econômico para 2024 foi revisada para baixo, passando de 1,27% para 1,2%. Para 2025, a estimativa permaneceu em 1,8%.

Taxa Selic

Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro reduziu a estimativa para o final de 2023, passando de 12,5% para 12,25% ao ano, após oito semanas de estabilidade. A projeção para 2024 também diminuiu, de 10% para 9,5% ao ano.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida em 13,75% ao ano. O comitê se reunirá novamente nesta semana para definir a taxa de juros. A maioria dos analistas espera que a Selic seja mantida no nível atual, mas preveem uma redução a partir de agosto.

A taxa básica de juros, conhecida como Selic, é a principal ferramenta utilizada pelo BC para controlar a inflação. Ela é empregada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para outras taxas da economia.

No que diz respeito ao dólar, os analistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o valor da moeda, estimando que o dólar fechará em R$ 5 em 2023. Para 2024, a estimativa foi revisada de R$ 5,17 para R$ 5,10.

O Relatório Focus resume as expectativas do mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado regularmente às segundas-feiras.