O departamento jurídico do Partido Liberal (PL) estuda a possibilidade de punir o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) pelo mais mais recente ataque que do ex-ministro de Jair Bolsonaro ao presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto.
Neste sábado (3), Salles reagiu publicamente à aproximação da liderança do PL e do ex-presidente com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que buscará a reeleição no próximo ano. Desde o início do ano, Salles tem tentado se estabelecer como "o candidato bolsonarista" para a Prefeitura da capital.
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"Vou explicar: Valdemar, através do deputado Antonio Carlos Rodrigues, ex-ministro de Dilma e atual elo de ligação do PL com o PT, tem uma secretaria e duas subprefeituras na administração Nunes, que não apoiou Bolsonaro no ano passado e ainda disse ao Estadão não querer ser o candidato da direita", postou Salles no Twitter
Um dia antes, Bolsonaro e Valdemar participaram de um almoço com Nunes na cidade de São Paulo, o segundo em menos de um mês. Aos aliados, o ex-presidente afirmou que Nunes é o "melhor nome" para disputar a eleição contra o também deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) em 2024.
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Punição disciplinar
Logo após o tweet de Salles ganhar destaque na mídia, os dirigentes do PL começaram a discutir qual seria a melhor forma de responder ao ataque. Um deles informou ao portal Metrópoles que o departamento jurídico já está analisando se o comportamento do deputado configura uma infração disciplinar.
O estatuto do partido estabelece como infração "grave divergência entre seus membros", com possibilidade de punição que varia desde uma advertência até a suspensão por três meses a um ano, ou até mesmo a expulsão do partido.
"Não acreditamos em expulsão, pois é isso o que ele quer. No entanto, uma suspensão poderia trazer complicações para ele, inclusive em sua atuação nas comissões da Câmara dos Deputados", afirmou um dirigente do PL, sob condição de anonimato ao Metrópoles.