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Salles dá indireta para Bolsonaro: ‘Quem com os porcos anda, farelo come’

Deputado federal dá chilique contra ex-chefe no Twitter após ser preterido para prefeitura de SP

Ricardo Salles não gostou da decisão de Bolsonaro de dar apoio a Ricardo NunesCréditos: Marcos Correa/PR
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O deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), deu indiretas ao seu principal padrinho político, Jair Bolsonaro, após perder apoio em sua candidatura à prefeitura de São Paulo em 2024.

Salles deseja ser o candidato da extrema-direita no combate a Guilherme Boulos (PSOL-SP), que já é dado como certo para ser o nome da esquerda no pleito municipal.

Ontem, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve na capital paulista. Além de ser duramente hostilizado pelo público do Morumbi no jogo entre o São Paulo e o Sport do Recife, ele também sinalizou apoio ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) para a reeleição.

Salles queria contar com o apoio do ex-presidente em sua candidatura, mas acabou se decepcionando e foi reclamar no Twitter.

"Quem com os porcos anda, farelo come", disse o parlamentar. Depois, se explicou melhor, tentando associar Valdemar da Costa Neto ao PT.

"Vou explicar: Valdemar, através do deputado Antonio Carlos Rodrigues, ex-ministro da Dilma e ATUAL elo de ligação do PL com o PT, tem 1 Secretaria e 2 subprefeituras na administração Nunes, que não apoiou Bolsonaro ano passado e ainda disse ao Estadão não querer ser o candidato da direita", afirmou Salles na rede social.

"Seu partido, MDB tem ministérios e é base do PT no Congresso. A Prefeitura, de Nunes e Marta, está cheia de petistas. Enfim, para o Centrão é tudo business. Não são conservadores, nem liberais e nem direita. Muito menos oposição. Jamais serão. Serão sempre governo. Não foi para isso que passamos 4 anos lutando contra a esquerda. Vergonha", disse.

Salles recebeu diversas críticas de bolsonaristas, que lhe chamaram de "menino mimado".  O deputado federal conta com 10% das intenções de voto na última avaliação de intenção de votos do Paraná Pesquisas, divulgada em 8 de maio. Para vencer Boulos, o bolsonarista teria que tirar mais de 29% de diferença de votos.