O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou para a Dona Odete, moradora do município gaúcho de Viamão, nesta sexta-feira (30), uma das 446 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida que vão beneficiar um total de 1.784 pessoas do município.
Pelas redes sociais, Lula destacou a emoção da beneficiada ao receber as chaves da nova moradia.
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Durante o discurso da cerimônia de entrega das unidades habitacionais, o presidente destacou que a meta do seu governo é construir dois milhões de moradias até 2026, mas reconheceu que isso ainda é insuficiente diante do déficit habitacional de aproximadamente sete milhões de moradias.
Lula reiterou a importância de incluir os pobres no orçamento e enfatizou a necessidade de garantir que o dinheiro circule nas mãos da população para impulsionar o desenvolvimento das cidades.
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"É importante popularizar a compreensão do que é economia no país. Se muitas pessoas têm pouco dinheiro, isso significa progresso, distribuição de riqueza, aumento do consumo e melhoria do padrão de vida das pessoas. É esse padrão que precisamos construir", afirmou.
O investimento total no empreendimento residencial entregue hoje foi de R$ 39,8 milhões, dos quais R$ 37,6 milhões foram provenientes do governo federal e R$ 2,2 milhões foram contrapartida do governo estadual, que apoiou a obra após o cronograma ter sido impactado pela pandemia de covid-19.
As casas do residencial Viver Coometal serão destinadas a famílias com renda mensal de até R$ 2.640, enquadrando-se na Faixa 1 do programa.
O empreendimento conta toda a infraestrutura necessária, como abastecimento de água, esgoto, iluminação pública, energia elétrica, pavimentação e drenagem. Além disso, os beneficiários terão acesso ao transporte público, duas creches, duas escolas, um posto de saúde e um posto de segurança nas proximidades.
Entidades
O empreendimento faz parte da modalidade Entidades do programa Minha Casa, Minha Vida. Essa modalidade permite que famílias organizadas de forma associativa por entidades habilitadas, como cooperativas e associações, construam suas próprias unidades habitacionais. De acordo com o presidente Lula, muitas das duas milhões de moradias que o governo pretende construir poderão ser em parceria com entidades e cooperativas.
"Aprendemos que as casas construídas por cooperativas e entidades têm se mostrado maiores e com maior qualidade do que aquelas construídas por empresários", afirmou. "No começo, tínhamos medo de dar casas para cooperativas, pensando que elas não teriam competência. Mas agora, depois desses anos, está provado que as cooperativas e entidades têm muita competência para gerenciar e construir", destacou o presidente.
A responsável pelo residencial entregue desta sexta é a Cooperativa Produção e Manutenção Habitação Metalúrgicos RS. As propostas das entidades devem passar por um processo de pré-qualificação realizado pelo Ministério das Cidades. Em seguida, um edital estabelece os critérios de pontuação e classificação.
Minha Casa, Minha Vida
O programa Minha Casa, Minha Vida foi retomado pelo governo federal em 14 de fevereiro e aprovado pelo Congresso Nacional em 13 de junho. A meta do governo é contratar dois milhões de novas unidades até 2026. Desde a retomada, o Ministério das Cidades já entregou 9.182 moradias.
Criado em 2009, durante o segundo mandato do presidente Lula, o programa tem o objetivo de promover o direito à moradia para famílias residentes em áreas urbanas e rurais, especialmente para a população mais carente, e contribuir para o desenvolvimento urbano e econômico, a geração de emprego e renda, e a melhoria da qualidade de vida da população.
Agenda no Rio Grande do Sul
Após a visita a Viamão, Lula seguiu para a capital gaúcha, Porto Alegre, para almoço com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no Palácio Piratini, e visita às novas instalações do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
O Hospital de Clínicas é uma instituição pública e universitária, faz parte da rede de hospitais universitários do Ministério da Educação (MEC) e é afiliado academicamente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Durante a visita, Lula inaugura os blocos B e C da unidade, que ampliaram a estrutura física do hospital em 70%.
O investimento total na expansão foi de R$ 555,5 milhões, com recursos exclusivos do MEC, que priorizou o financiamento no Plano Plurianual, nos anos de 2011 e 2012, durante a gestão da então presidente Dilma Rousseff. A conclusão da obra ocorreu no final de 2019, mas o planejamento para sua ocupação foi adiado para que a estrutura pudesse ser utilizada de forma emergencial no enfrentamento da pandemia de covid-19.
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