O governador Romeu Zema (Novo-MG) afirmou ter sido mal interpretado após ter falado que os estados do Sul e do Sudeste são mais importantes para a economia brasileira por ter mais pessoas trabalhando do que beneficiários de programas sociais do governo.
Em uma conferência com 5 dos 7 governadores do estados do Sul e do Sudeste, o governador mineiro afirmou que, nos outros 20 estados brasileiros, a maioria das pessoas vivem de auxílio e não trabalham.
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"Se tem estados que podem contribuir para este país dar certo, acredito que são estes sete estados aqui. São estados onde, diferente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial", afirmou Zema, que aspira ser candidato à presidência em 2026 como sucessor de Bolsonaro.
Depois de ser duramente criticado, o governador mineiro também se desculpou pela má-interpretação, mas não retirou o que disse:
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“Quem analisar a minha fala e escutá-la, vai ver que aquilo que eu quis dizer, e se fui mal interpretado, eu peço desculpas, é que nós, governadores do Sul e do Sudeste, temos convicção de que o melhor programa social é a geração de emprego”, respondeu Zema.
"Talvez por não utilizar as palavras adequadas, fui mal interpretado. As pessoas recebem o auxílio por não terem emprego. O auxílio é importante em momento de pandemia, recessão", afirmou o governador.
Existem 13 estados com mais brasileiros recebendo Bolsa Família do que empregados com carteira assinada. Contudo, é importante ressaltar que, no atual estado da economia, há uma grande quantidade de trabalhadores informais, microempresários, autônomos e funcionários públicos que não entram na conta da carteira assinada.
Não é necessário argumentar o motivo da falsidade desses argumentos, que fortalecem a xenofobia contra nordestinas, acentuada por políticos de extrema-direita sudestinos.