ALEXANDRE DE MORAES

Partido de Bolsonaro pagou mais de R$ 1 milhão para instituto detonar unas eletrônicas

Parecer do Instituto Voto Legal foi considerado “mentiroso” por Alexandre de Moraes, que ainda multou o partido

Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL.Créditos: Reprodução
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode se tornar inelegível nesta terça-feira (27), em julgamento que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A ação corre por conta do dia em que Bolsonaro proferiu um discurso atacando o sistema eletrônico de votação e acusando a Justiça Eleitoral de fraudar eleições, diante de vários embaixadores de diferentes países no Palácio da Alvorada.

O PL, partido do ex-presidente, contratou na época, o Instituto Voto Legal, para produzir relatórios sobre a segurança das urnas eletrônicas. O Instituto recebeu do partido cinco parcelas de R$ 225 mil, somando R$ 1.125 milhão.

Com o parecer do Instituto em mãos, o PL pediu para invalidar votos registrados em 279 mil urnas no 2º turno. Além de ter o pedido rejeitado por Alexandre de Moraes, o magistrado ainda o considerou mentiroso e multou o PL em R$ 22,9 milhões por litigância de ma-fé.

O julgamento no TSE que agora torna Bolsonaro inelegível e pode afastá-lo das urnas por oito anos não trata da contratação do instituto ou sequer dos relatórios produzidos.