A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o tenente-coronel Jean Lawand Jr. compareçam à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos dos Atos Golpistas. No entanto, a ministra autorizou que eles permaneçam em silêncio durante seus depoimentos.
Mauro Cid havia solicitado ao STF para não ser obrigado a comparecer à comissão, enquanto Lawand desejava exercer o direito de ficar em silêncio. Cármen Lúcia determinou que ambos compareçam, mas garantiu que sejam acompanhados por advogados e não sejam compelidos a produzir provas contra si mesmos.
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O depoimento do coronel Lawand está agendado para esta terça-feira (27), às 9h. Ainda não foi definida a data para a presença de Mauro Cid na comissão. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está presto por suspeita de envolvimento em fraudes relacionadas aos cartões de vacinação do ex-chefe , familiares e assessores.
Roteiro do Golpe
Dentre os assuntos a serem abordados na CPMI, destaca-se a troca de mensagens com teor golpista entre Mauro Cid e Jean Lawand Junior.
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Após a apreensão do celular de Cid durante uma operação que investiga fraudes em cartões de vacinação, a Polícia Federal encontrou conversas no dispositivo em que os dois discutem a possibilidade de um golpe no país após as eleições do ano passado.
Em algumas das mensagens, Lawand menciona a Mauro Cid que Bolsonaro "não pode retroceder agora" e que ele deve "dar a ordem" para que as Forças Armadas implementem uma estratégia visando evitar a posse de Lula como Presidente da República.
Após a revelação dessas conversas, o Exército suspendeu a nomeação de Jean Lawand Junior para um cargo diplomático nos Estados Unidos.