O cerco se fechou ainda mais para Jair Bolsonaro (PL) na semana em se deu o início do julgamento que deve deixá-lo inelegível pelos próximos oito anos. Mas, a perda dos direitos políticos é apenas uma - pequena - parte da preocupação do ex-presidente, que tem abandonado antigos aliados para tentar se livrar de uma possível prisão.
Nesta semana, foi a vez do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, de se ver abandonado por seu ex-chefe.
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O motivo é um curto relatório, de cinco páginas, enviado pela Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que fez com que Bolsonaro ligasse o botão de pânico e evitasse quaisquer declarações sobre seu ex-assessor.
No documento, a PF afirma que obteve provas da ligação de Cid e de sua esposa, Gabriela, ao ato golpista de 8 de janeiro.
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Os "elementos da prova", segundo a PF, comprovam a participação efetiva do casal, tanto “por meio de induzimento e instigação de parcela da população”, como em “atos preparatórios propriamente ditos”.
“A atuação dos investigados, possivelmente, foi um dos elementos que contribuiu para os atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, materializando os objetivos ilícitos da organização criminosa investigada”, diz o relatório.
A PF ainda informa o ministro do STF que obteve em aparelhos celulares da família Cid “grande quantidade de dados”, que passarão por perícia, antes de ser juntados à investigação.
Com informações de Robson Bonin, na Veja