Deltan Dallagnol, ex-deputado cassado e ex-procurador da operação Lava Jato, teve seu depoimento à Polícia Federal (PF) adiado. Tendo perdido o mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dallagnol tem evitado as notificações da Câmara para formalizar a decisão da corte e, agora, parece também estar evitando a polícia.
No contexto de "inquéritos nos tribunais superiores", Dallagnol foi intimado a depor como investigado às 15h desta sexta-feira (2), mas o depoimento foi postergado por solicitação de sua defesa. As informações sobre o processo que deveria ser objeto de seu depoimento não foram esclarecidas no documento de intimação, porém, fontes da PF revelaram que o ex-procurador seria questionado sobre ataques ao TSE após a corte declarar a perda de seu mandato.
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Dallagnol fez alegações polêmicas contra o ministro Benedito Gonçalves, relator de seu caso no tribunal, acusando-o de votar por sua cassação com o objetivo de garantir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entretanto, momentos antes do depoimento, a defesa de Dallagnol solicitou o adiamento, alegando que o deputado e seu advogado só tiveram acesso à razão da investigação e aos autos momentos antes da audiência. O depoimento está previsto para ser realizado na próxima segunda-feira (5).