ARTHUR LIRA

VÍDEO: remédio pra impotência, montanha de dinheiro; a farra dos aliados de Lira

Cofre de aliado do presidente da Câmara suspeito de operar esquema envolvendo empresa de robótica no FNDE estava repleto

Cialis e Dinheiro no cofre.Créditos: Reprodução de Vídeo/PF
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Investigadores da Polícia Federal (PF) realizam mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (1º), em vários endereços contra investigados por corrupção em repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Em um deles, os investigadores encontraram um cofre cheio de notas de dólares e reais e cartelas de Cialis, medicamento para combater impotência sexual.

Edmundo Catunda

Outros vídeos divulgados pela PF, não se sabe se os mesmos da imagem em que foi encontrado o medicamento, foram feitos na casa e na empresa de Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD) e um dos maiores aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).

Segundo a investigação da PF, os aliados de Lira teriam um esquema de fraude com desvios de dinheiro envolvendo uma empresa de robótica no FNDE.

Os kits foram comprados com o dinheiro de emenda de relator, isto é, com o chamado orçamento secreto. A empresa contratada foi a Megalic, que recebeu R$ 24 milhões para fazer kits de robótica para escolas de diversos municípios de Alagoas (governadores por aliados de Lira).

Edmundo Catunda foi 11 vezes ao gabinete de Arthur Lira na Câmara dos Deputados entre 2016 e 2022.

"De acordo com a investigação, as citadas contratações teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora dos equipamentos de robótica, através da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos certames e de cerceamento à participação plena de outros licitantes", disse a PF em nota.

A Polícia Federal encontrou dinheiro escondido em malas envolvendo as empresas que superfaturaram os kits de robótica:

A operação ocorre no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal confirma que irá julgar um caso de corrupção em que Arthur Lira está listado como réu.

O caso a que responde Lira no STF diz respeito à detenção, em 2018, de um assessor seu, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, levando R$ 106 mil em espécie nas roupas.

Em depoimento após aceitar um acordo de delação premiada, o funcionário do gabinete de Lira afirmou que o dinheiro era destinado ao deputado e seria propina paga pelo então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), Francisco Colombo. O caso deve ser julgado até junho pela primeira turma do tribunal.