A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) acionou a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (PLCD) para obter dados da ex-ministra e ex-senadora Ideli Salvatti (PT-SC) a fim de processá-la.
Segundo o documento, a parlamentar de extrema-direita deseja processar Ideli por possíveis crimes de difamação, calúnia e injúria (artigos 138, 139 e 140 do Código Penal Brasileiro).
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Na postagem citada no ofício, Ideli diz: "Julia Zanatta, com o florido figurino nazista, foto de arma na mão, incentivando ódio e violência, ameaçando de morte o presidente ?Lula?, tic-tac! Já assinaram o pedido de cassação?".
Ideli, o Instituto Humaniza e o influenciador Thiago dos Reis são acionados na requisição da Polícia Legislativa. Todos fizeram tweets afirmando que a tiara utilizada pela deputada tinha conexões com a simbologia neonazista.
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“Divulgamos o pedido, que deu bastante repercussão, porque fizemos um abaixo assinado. Aí nós recebemos hoje uma notificação do Twitter onde a Polícia Legislativa foi acionada por ela para conseguir os nossos dados para poder nos processar", afirmou Ideli à Fórum.
Restrição de conteúdo
Ideli, que foi ministra dos Direitos Humanos, deputada estadual e senadora por Santa Catarina, além de ministra da Pesca e Aquicultura, ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais e da Secretaria dos Direitos Humanos, também relatou ser vítima de restrição de conteúdo.
Ela afirma que desde a semana passada, tem tido problemas com a rede social. "Eu estive na manifestação dos povos indígenas no município de Palhoça e entrevistei a Cacica Eliara”, relatou. “Eu fiz ao vivo e depois publiquei o vídeo no meu Twitter. Quando eu fui encaminhar o tweet, aparecia lá que o conteúdo tinha “conteúdos sensíveis”. Mas qual o conteúdo sensível? Eu só posso considerar isso censura”, afirma.
“Nós não vamos recuar um milímetro”, afirmou a ex-ministra.