A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado que quer “erradicar a cota dos 30%” para mulheres na política. Logo a seguir, ao perceber o tamanho do estrago, ela gravou um vídeo “retificando” sua declaração e se dizendo a favor da regra que visa aumentar a participação feminina na política.
“Retificando: eu sou a favor da cota, sim! Nós queremos mulheres na política pelo seu potencial, pelo seu protagonismo. Nós não queremos apenas cumprir uma cota de 30%, nós acreditamos no potencial de cada mulher que entra na política brasileira”, disse Michelle, no vídeo.
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Fim da cota
Durante um evento do PL Mulher na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na capital paulista, a ex-primeira-dama defendeu o fim da cota que obriga os partidos a lançarem ao menos 30% de candidatas mulheres nas eleições proporcionais (Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais) e destinar a elas ao menos 30% do fundo eleitoral.
Michelle afirmou: “visando identificar novas lideranças, nós queremos, presidente Valdemar, erradicar a cota dos 30%. Nós queremos a mulher na política pelo seu potencial. Porque nós acreditamos que mulher na política, ela, de fato, faz acontecer.”
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A fala desastrosa da ex-primeira-dama caiu como uma bomba entre seus correligionários. A deputada federal Rosana Valle (PL), empossada por Michelle como presidente do PL Mulher neste sábado, tentou contornar a situação:
“O ideal seria que não tivesse (cota), mas como ainda somos poucas (mulheres), temos pouca representatividade na política, então, é uma questão para ser discutida. Preciso pensar sobre esse tema para emitir minha opinião depois”, disse Rosana ao Metrópoles.