FAMÍLIA NA CADEIA

Bolsonaro sabe da possibilidade de prisão de seu filho Carlos

Um laudo de um laboratório do MP-RJ comprova a prática de 'rachadinha' no gabinete do filho 02 na Câmara do Rio

Carlos e Jair Bolsonaro.Créditos: Alan Santos/PR
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem vivido alguns de seus piores dias. Além da possibilidade cada vez mais clara de ser preso por ter adulterado o seu cartão de vacinação e os da sua esposa Michelle Bolsonaro e de sua filha Laura, o que implica em diversos crimes, há outro caso atormentando a sua vida.

Ele já havia recebido a informação, junto com a cúpula do PL, seu partido, de que está se fechando o cerco” da investigação que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) conduz sobre o seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos).

De acordo com revelação do Globo desta quinta-feira (4), há um laudo que comprova a prática de 'rachadinha' no gabinete do filho 02 na Câmara do Rio. Os próprios correligionários do ex-presidente não descartam um eventual pedido de prisão de Carluxo.

Prova mais consistente

Jorge Luiz Fernandes recebeu um total de R$ 2,014 milhões em créditos provenientes das contas de outros seis servidores nomeados pelo filho “zero dois”.

Levantada pela equipe do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio (MP-RJ), a movimentação financeira é a prova mais consistente, obtida pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, na investigação sobre suspeita de rachadinha no gabinete de Carlos na Câmara Municipal.

Pessoas próximas afirmam que o fato de ter sido alvo de buscas nesta quarta-feira, aumentou sua perturbação em relação ao filho, de acordo com confidências do próprio Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro é suspeito de ser o chefe de um esquema de peculato na Câmara Municipal do Rio, por meio de 'rachadinha', ou seja, a retenção ilegal de parte do salário pago a funcionários públicos ligados a ele. Seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, já foi alvo de uma investigação sobre o mesmo crime quando foi deputado estadual fluminense, mas as provas acabaram sendo anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Com informações da coluna de Bela Megale