O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conversaram na manhã desta quarta-feira (31), a respeito da votação da medida provisória (MP) dos ministérios, que vence nesta quinta-feira.
Caso não seja votada a tempo, a estrutura dos 37 ministérios definida por Lula perderá a validade, voltando a valer o modelo de 23 pastas vigente durante o governo Jair Bolsonaro.
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A ligação ocorreu enquanto Lula estava reunido no Palácio da Alvorada com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
De acordo com a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, Lira descreveu a Lula os principais motivos pelos quais ele e líderes partidários do Centrão estão irritados com o governo.
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O presidente da Câmara afirmou que a demora na liberação de cargos e emendas e a negociação feita de maneira direta com os deputados, sem passar pelos líderes, são as principais razões do descontentamento.
“Desrespeito” e “desprestígio
Lira considera que a negociação do Planalto no varejo diretamente com deputados significa um “desrespeito” e “desprestígio” com os líderes partidários da Casa.
Lira também reclamou do fato de ministros do governo não estarem convidando deputados quando vão cumprir agendas oficiais nos estados desses parlamentares.
Lula, por sua vez, convidou o presidente da Câmara para um encontro a sós, que deve ocorrer até o final da tarde.
A conversa parece ter tido resultado. Logo após, Lira, Guimarães e Padilha se reuniram. No encontro, o presidente da Câmara sinalizou que pautaria a votação da MP da reestruturação. A expectativa do governo é de que, apesar das reclamações, o texto seja aprovado como saiu da comissão mista.