O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi uma figura central da gestão anterior e tem um histórico de relacionamento com o ex-presidente que vem de família.
Ele ascendeu na carreira durante o governo Bolsonaro: era major e foi promovido a tenente-coronel. Filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega do ex-chefe do Executivo no curso de formação de oficiais do Exército. Desde esse período, Bolsonaro mantém uma amizade com Lourena Cid.
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Mauro Cid foi preso durante a Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3). Os policiais também cumprem mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente.
O nome do tenente-coronel ganhou notoriedade quando passou a ser investigado pela PF por suspeita de operar uma espécie de “caixa paralelo” para Bolsonaro, que nega as acusações.
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As investigações sob o comando do ministro Alexandre de Moraes descobriram que Mauro Cid pagava contas do clã presidencial em dinheiro vivo.
Entre as contas pagas por Cid, estão faturas de um cartão de crédito adicional emitido no nome de Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado Federal lotada no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA). Ela é amiga próxima da ex-primeira-dama e Michelle Bolsonaro.
Mauro Cid também foi apontado como pivô da demissão do general Júlio Cesar de Arruda do comando do Exército pelo presidente Lula no dia 21 de janeiro.
Arruda assumiu o cargo de forma interina no dia 30 de dezembro, nos últimos dias do governo Bolsonaro e resistia em revogar a designação do ex-ajudante de Bolsonaro do 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais.
Cid foi escolhido para o posto em maio de 2022, durante a gestão anterior, mas só o assumiria em fevereiro. O Planalto já havia indicado que esperava que Arruda anulasse a nomeação.