Após abrir o sigilo fiscal de servidores da Ajudância da Presidência da República, a Polícia Federal descobriu transações suspeitas entre um militar, Luis Marcos dos Reis, e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL).
A suspeita da PF é de que se trata de uma versão do esquema de rachadinha, quando o dinheiro sai de dentro do governo, atravessa contas até voltar para um servidor em sua conta.
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Segundo reportagem do UOL, a Polícia Federal descobriu que o militar o segundo-sargento Luis Marcos dos Reis é a peça-chave da história.
Reis era subordinado a Mauro Cid, o ajudante de ordens apontado como figura central na tentativa de golpe militar e no esquema de falsificação dos dados vacinais de Bolsonaro.
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Segundo a investigação, o dinheiro saía da Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção - que tinha um contrato com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) - para a conta de Reis.
Foram R$ 25 mil. O sargento, então, sacava o dinheiro vivo em caixa eletrônico. Os depósitos iam para a conta de Rosimary Cordeiro, amiga de Michelle Bolsonaro e assessora do senador Roberto Rocha (PTB-MA), que emitiu um cartão de crédito para a primeira-dama.
De acordo com a Polícia Federal, o dinheiro ia para pagar o cartão de crédito usado por Michelle Bolsonaro. Em áudio, Mauro Cid confessou que o esquema era similar ao de rachadinha. "É a mesma coisa do Flávio [Bolsonaro]. O problema não é quanto! É como deputado, rachadinha, essas coisas", diz.
Além disso, foram feitos 12 depósitos para a conta de Maria Helena Graces de Moraes Braga, tia de Michelle Bolsonaro. Entre abril e julho de 2022, ela recebeu R$ 2840 mensais em depósitos de sargentos do exército ou de terminais de autoatendimento na Praça dos Três Poderes.