Nesta sexta-feira (12), o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), concedeu uma entrevista ao programa Fórum Onze e Meia.
O ministro estava em Belém do Pará, sua cidade natal, para realizar a primeira Caravana das Periferias.
Te podría interesar
O encontro de autoridades governamentais, lideranças políticas e comunitárias serve para “ouvir a periferia e se aproximar". É entender suas problemáticas e suas potências”, disse o chefe da pasta.
Ocorrerão cinco destes encontros no ano de 2023, além de outros movimentos ao longo dos quatro anos de mandato. “Mais adiante, vamos fazer um prêmio para poder avaliar as melhores políticas públicas e iniciativas feitas pelas nossas comunidades”, completou Jader.
Te podría interesar
Mas o plano de Jader é muito maior do que os encontros. Sua missão é longa: ele tem a obrigação de reconstruir o ministério das Cidades, que foi extinto durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Reconstrução da pasta
Ministério das Cidades foi desmontado por Jair Bolsonaro. Suas secretarias e programas foram alterados e enviados para outras pastas, em especial no Ministério de Desenvolvimento Regional.
O órgão foi criado em 2003 para promover uma articulação entre o governo federal e as prefeituras, restabelecendo o diálogo entre os mais diversos entes da União.
Nele estão alocadas importantes políticas públicas como o Minha Casa, Minha Vida, diversas políticas de saneamento, além investimentos em transporte público e qualidade de vida. Durante o governo Bolsonaro, boa parte dessas políticas ficaram ao léu.
A recriação do ministério foi decidida por Lula logo no começo do mandato. “Tem que louvar o presidente Lula por recriar o Ministério das Cidades”, disse Jader Filho. “As pessoas não moram no país, elas não moram nos estados, elas moram nas cidades”, disse o emedebista paraense.
A volta do Minha Casa Minha Vida e novo PAC
Entre as diversas políticas defendidas por Jader Filho, se sobressai o interesse do Ministério das Cidades em acelerar a retomada do programa Minha Casa Minha Vida, também extinto durante o governo Bolsonaro.
“O governo [Bolsonaro] nem sequer finalizou as obras que haviam sido contratadas nos governos anteriores”, relata Barbalho.
“É uma coisa que nunca poderia ser extinta se a gente quer enfrentar o déficit habitacional. É um dos programas habitacionais mais importantes do mundo”, afirmou.
Por isso, ele defendeu a expansão do uso do FGTS para acelerar a aquisição de casas nas diversas faixas do programa.
O governo projetava a criação de 2 milhões de unidades habitacionais até 2026, mas, segundo Jader, será possível superar a meta.
“A gente acredita que com esse modelo do FGTS, a gente vai ultrapassar essas 2 milhões de unidades", disse.
Ele também assegura que o projeto será um gerador de emprego. “A geração de emprego é uma preocupação do presidente para fazer a economia girar. Agora no final de junho, a gente começa a fazer as novas contratações. Vamos contratar 145 mil unidades em 2023”, disse.
As medidas serão acompanhadas de um novo programa de investimentos públicos de alto calibre.
“O presidente vai lançar um novo plano de investimentos. Para isso, nós vamos discutir com os governadores e prefeitos quais são as prioridades para identificar essas obras de mobilidade. Fora disso, a gente vai começar a discutir dentro do governo para trabalhar obras que vão transformar as cidades, como metrôs e VLTs”, disse.
Questões da política
Além disso, durante a entrevista, Jader explicou algumas de suas principais intenções ao longo dos próximos anos. Primeiramente, ele relatou que a meta do governo Lula é estabelecer pontes de diálogo com os outros entes da União.
“É preciso retomar o Pacto Federativo. Precisamos trazer prefeitos e governadores, todo mundo para mesa”, disse.
O ministro garante que os investimentos da pasta serão baseados nas prioridades das demandas dos governadores e prefeitos, em especial na área de transportes. E garante que a chave para garantir vitórias na política é através do diálogo.
“O presidente Lula, eu considero o maior político de sua geração. É um homem do diálogo. Tem uma equipe de muita qualidade, é muito eficiente”, disse Jader.
“Nesse primeiro momento, é um momento de acomodação e diálogo. No governo do presidente Lula, os ministérios voltam a ter relevância. Isso em breve vai estar pacificado. Nossos líderes têm todo interesse em ajudar o governo para que o emprego volte. É uma questão de diálogo, em breve a gente vai estar em águas bem tranquilos”, disse Jader.
Confira a entrevista completa de Jader Filho ao Fórum Onze e Meia desta sexta-feira: